Tesis
Exploração florestal e seus impactos em áreas de primeiro e segundo ciclo de corte do manejo florestal na Amazônia oriental, Brasil
Fecha
2017-02-01Registro en:
BUCHMANN, Hugo Macedo. Exploração florestal e seus impactos em áreas de primeiro e segundo ciclo de corte do manejo florestal na Amazônia oriental, Brasil. 2016. xv, 106 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Autor
Buchmann, Hugo Macedo
Institución
Resumen
A grande pressão experimentada pelas florestas tropicais tem provocado muitas implicações para o desenvolvimento sustentável. Na Amazônia, o desmatamento e a exploração ilegal de madeira podem ser apontados como responsáveis pelo desequilíbrio dos serviços ambientais que a floresta oferece, em especial no contexto de mudanças climáticas e seu papel na regulação dos ciclos hídricos e biogeoquímicos. Em contrapartida, o Manejo Florestal Sustentável atua como a principal atividade econômica capaz de promover o acesso e utilização dos recursos florestais, combinando benefícios sociais, ambientais e econômicos. No Brasil, a Flona do Tapajós tem importante papel em estudos em manejo florestal na Amazônia por ser uma das primeiras áreas exploradas visando regular a produção florestal e a primeira área a entrar em segundo ciclo de corte. O experimento conduzido pela Embrapa Amazônia Oriental – CPATU no sítio do km 67, após 35 anos da primeira exploração, avaliou comparativamente os rendimentos, impactos e custos das operações de exploração florestal em área de segundo e primeiro ciclo de corte, ou seja, tratamentos T1 (39 ha) e T3 (31,5 ha), respectivamente. A composição Diante florística e a estrutura florestal resultante da dinâmica florestal após a primeira exploração proporcionou um estoque comercial de 69,7 m³ ha-1, viabilizando a exploração do segundo ciclo de corte com intensidade de exploração média planejada em 25,7 m³ ha-1. No entanto, o volume explorado foi igual a 16,5 m³ ha-1 na área do tratamento T1 e 14,0 m³ ha-1 na área do tratamento T3, correspondentes a 159 e 106 árvores, respectivamente. Estas diferenças estão relacionadas principalmente, com a identificação da presença de ocos, podridão e defeitos na qualidade dos fustes. O estudo de tempos das operações mostrou semelhanças entre as áreas, embora algumas particularidades e registro de interrupções tenham contribuído para heterogeneidade dos tempos. A eficiência das operações em ambos os tratamentos foi de, aproximadamente ,70%, com maiores produtividades observadas para T3, devido ao maior volume médio das árvores exploradas. O custo de operação da exploração florestal foi calculado em 609,38 US$ ha-1, com importante contribuição dos custos fixos, e o custo de produção calculado em 0,34 US$ m-³, sendo o arraste e romaneio as operações mais onerosas. A frequência de ocos e desperdício volumétrico foram maiores para T1 em relação a T3, com diferenças quanto às espécies e frequências registradas nestas análises. A área impactada pelo dimensionamento da infraestrutura foi 35,9% e 7,2% maior que o planejado em T3 e T1, respectivamente. Os danos na vegetação em termos de número de árvores, área basal e volume foram maiores em T1 em razão da maior área e número de ramais de arraste abertos, impactando 1,4 m³ e 5,4 árvores para cada m³ e árvore explorada, e em T3 essa proporção foi de 1 m³ e 5,5 árvores. A abertura do dossel nas áreas exploradas foi maior e estatisticamente diferente em relação à área testemunha e, ao longo da direção de queda das árvores exploradas, as medições realizadas na região da copa as confirmaram como a mais impactante ao dossel, promovendo abertura estatisticamente superior em relação à porção central do fuste e toco remanescente.