Tesis
Estudo químico de Erythroxylum suberosum, biomonitorado por inibição da hialuronidase
Fecha
2017-01-26Registro en:
LOPES, Ivelone Maria de Carvalho. Estudo químico de Erythroxylum suberosum, biomonitorado por inibição da hialuronidase. 2016. 130 f., il. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Autor
Lopes, Ivelone Maria de Carvalho
Institución
Resumen
O Cerrado se constitui em importante centro de biodiversidade abrigando espécies úteis para a medicina popular., entre elas o Erythroxylum suberosum, arbusto da família Erythroxylacea amplamente distribuído no território nacional. Seus frutos servem de alimento para aves, seu tronco é suberoso, sua madeira é utilizada na carpintaria e suas cascas são utilizadas no curtimento de couro. É conhecido como fruta-de-pomba-do-campo, mercureiro, sombra de touro e cabelo de nego, utilizado na medicina popular contra má digestão, reumatismo e inflamação. O presente estudo teve como objetivo realizar estudo químico, de espécie do gênero Erythroxylum, biomonitorado por inibição da hialuronidase. No ensaio de inibição enzimática foi utilizado método turbidimétrico, com adaptações. Os compostos foram isolados por CC de Sílica gel ou Sephadex e identificados por CCD, CLAE-DAD, e RMN de 1H e 13C. O extrato etanólico de E. suberosum apresentou forte potencial de inibição com IC50 = 0,045 mg/mL, significantemente menor que o controle Cromoglicato dissódico (IC50 = 4,8 mg/mL). Do extrato etanólico foram identificados rutina, quercetina e derivados, catequina, epicatequina e derivados do ácido clorogênico e isolada mistura de hiperosídeo e isoquercitrina. Do extrato aquoso foi identificada mistura de frutose e trealose, catequina e epicatequina e isolada rutina. Do extrato hexânicos foram isolados ésteres alifáticos de cadeia longa. A atividade dos extratos e frações frente à enzima foi justificada, em parte, pela presença da quercetina (IC50 = 0,36 mg/mL). A atividade antioxidante observada para os extratos aquoso, etanólico e frações foi relacionada à composição micromolecular dos mesmos. Os extratos brutos de E. suberosum não foram citotóxicos frente às larvas de A. salina com DL50 > 1mg/mL. Esses resultados revelam o potencial de E. suberosum no elenco de espécies brasileiras farmacologicamente úteis. A descoberta de novos inibidores da hialuronidase representam um avanço na terapêutica já que o complexo hialuronano-hialuronidase está envolvido em vários processos fisiopatológicos. Esse foi o primeiro relato, pelo que se sabe, de inibição da hialuronidase pelos extratos e flavonoides isolados das folhas de E. suberosum.