Tesis
A indisciplina que orienta : design no espaço urbano
Fecha
2016-10-31Registro en:
SIQUEIRA, Nayara Moreno de. A indisciplina que orienta: design no espaço urbano. 2016. 280 f., il. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Autor
Siqueira, Nayara Moreno de
Institución
Resumen
Dentro do universo de possibilidades de soluções inseridas no espaço urbano, abordar a indisciplina permite entender a lógica subjacente ao comportamento de indivíduos anônimos. Como parte do coletivo, eles recriam, se reapropriam e refazem seu cotidiano de maneira simples, frequente e inovadora. Por meio do entendimento dessas práticas na apropriação do espaço urbano, esta pesquisa contribui com a reflexão sobre a relação do design com a arquitetura. Trata-se de entender a lógica social que subjaz esse comportamento de indisciplina em relação ao que foi oferecido nos lugares abertos das cidades, em termos de configuração de espaço-forma. Usar o espaço urbano é fazer escolhas por uma via, por um banco de praça, por um local mais iluminado, mais arborizado ou mais frequentado. Nessas escolhas são acionados, em conjunto, vários elementos que traduzem os desempenhos das configurações de espaço-forma dos lugares e objetos. Este trabalho é resultado da pesquisa que busca contribuir com reflexões e projetos de design e arquitetura com relação a essas posturas não previstas em relação ao espaço urbano. Ela compõem um tipo de indisciplina, que informa sobre as expectativas sociais em relação aos lugares da cidade. De maneira mais específica, a indisciplina aqui abordada tem relação com a necessidade de sustento que caracteriza o comércio informal em via pública. Nas escolhas de uso e apropriação do espaço urbano são acionados elementos que traduzem os desempenhos das configurações de espaço-forma, conjunto de volumes e vazios, dos lugares e objetos. A conjugação desses elementos constitui parâmetro primordial para projetos nestas áreas. A questão aqui colocada trata de sociedade, espaço e materialidade na atualidade. A propriedade dos artefatos da arquitetura e do design de imprimir ordem e transformação no meio social justifica a escolha pelo desenvolvimento desta pesquisa.