Tesis
As relativas de grau no português brasileiro : uma abordagem gerativista
Fecha
2016-05-26Registro en:
SANTOS, Wagner Luiz Ribeiro dos. As relativas de grau no português brasileiro: uma abordagem gerativista. 2015. 107 f., il. Dissertação (Mestrado em Linguística)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Autor
Santos, Wagner Luiz Ribeiro dos
Institución
Resumen
Na presente pesquisa, desenvolvida à luz da gramática gerativa, analisamos as orações relativas, em seu subgrupo das relativas de grau, formado, a nosso ver, pelas relativas de quantidade e pelas relativas existenciais. As primeiras, as relativas de quantidade, são entendidas como as que apresentam leitura exclusivamente quantitativa, como em Perdemos a batalha porque não tínhamos os soldados que o inimigo tinha. Nesse exemplo, a relativa indica a leitura de totalidade dos soldados envolvidos na batalha, não apresentando um grupo específico de soldados, com leitura referencial, típica da restrição. Por sua vez, nas relativas existenciais, entendidas como as que apresentam leitura quantitativa e identificação da substância envolvida no processo de relativização, como em Eu trouxe comigo os livros que havia sobre a mesa, a leitura indicada é a de que foram trazidos todos os livros que estavam sobre a mesa, sem indicar um set de livros específico, em contraste com outros livros que havia no local. Estas duas subclasses das relativas perfazem, a nosso ver, o grupo das relativas de grau, que apresentam leitura de quantificação máxima do nome relativizado. Em tais relativas, as de grau, como entendido nos exemplos apresentados anteriormente, há leitura de maximalização do nome relativizado, indicando leitura de totalidade. Vale ressaltar que a leitura de grau, neste trabalho, é entendida como a leitura de quantificação total, máxima, do nome relativizado, não como um relação de gradação parcial, progressiva. Segundo parte da crítica, essa relação de maximalização se estabelece por meio do movimento aberto do sintagma de grau, DegP, responsável pela gradação do nome envolvido no processo de relativização. Apesar da leitura de grau, aplicada às duas subcategorias supracitadas, estas apresentam leituras distintas, como indicado, fato que nos leva à problematização acerca da relação que se estabelecerá entre o nome relativizado e o sintagma de grau. De forma geral, buscamos apresentar dados que sustentem a problematização apresentada, com duas hipóteses possíveis para a sua resolução, a serem examinadas com a continuidade de desenvolvimento desta pesquisa.