Tesis
Resultados oncológicos dos esquemas de quimioterapia adjuvante FLOX e FOLFOX nos pacientes com câncer colorretal
Fecha
2016-01-25Registro en:
FROTA, Cláudia Ottaiano Rodrigues. Resultados oncológicos dos esquemas de quimioterapia adjuvante FLOX e FOLFOX nos pacientes com câncer colorretal. 2015. 84 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Autor
Frota, Cláudia Ottaiano Rodrigues
Institución
Resumen
INTRODUÇÃO: O câncer colorretal (CCR) é o terceiro tumor maligno mais frequente no mundo, sendo superado em incidência apenas pelos tumores de pulmão e mama. A quimioterapia realizada após a abordagem principal, também denominada de quimioterapia adjuvante, tem como objetivo primordial o controle da doença micrometastática, com consequente diminuição da recidiva e do óbito; e deve ser realizada nos pacientes em estadio III (presença de acometimento linfonodal) e no estadio II de alto risco. O acréscimo da oxaliplatina aos esquemas de quimioterapia adjuvante baseada em fluorouracil trouxe ganhos de sobrevida livre de doença em estudos que avaliaram isoladamente os esquemas FOLFOX e FLOX. No entanto, os esquemas FLOX e FOLFOX nunca foram comparados em um mesmo estudo. Diante das dificuldades de internação e da aquisição da bomba de infusão contínua e na ausência de dados que definam a superioridade de um esquema em relação ao outro, por vezes optamos por estratégias de quimioterapia em bolus visando o tratamento exclusivamente ambulatorial. OBJETIVO: Avaliar o impacto oncológico do tipo de infusão do fluorouracil nas associações com a oxaliplatina, comparando os dados oncológicos de sobrevida global, sobrevida livre de doença, recidiva e mortalidade específica por câncer dos esquemas adjuvantes FLOX e FOLFOX. MÉTODOS: Estudo longitudinal retrospectivo que avaliou os pacientes adultos com cancer colorretal tratados por ressecção cirúrgica seguida de quimioterapia adjuvante no Centro de Alta Complexidade em Oncologia do Hospital Universitário de Brasília (CACON-HUB) e no Centro de Câncer de Brasília CETTRO (CETTRO), ambos localizados em Brasília, DF, Brasil. RESULTADOS: Foram incluídos 75 pacientes, sendo 31 pacientes tratados com esquema FLOX e 44 pacientes tratados com esquema FOLFOX. A mediana do tempo de seguimento dos grupos foi de 42 meses. A mediana de idade foi similar entre os grupos. As variáveis que foram diferentes entre os dois grupos foram sexo, ASA, redução de dose, acometimento de linfonodos, intervalo para início da quimioterapia, além do próprio esquema de quimioterapia FLOX vs. FOLFOX. Os pacientes tratados com o esquema FLOX tiveram maior recorrência global (HR 4,48; p= 0,04) e tendência a maior mortalidade específica por câncer (HR 6,74; p= 0,05) do que aqueles tratados com o esquema FOLFOX. A sobrevida global e a sobrevida livre de doença foram similares nos dois grupos. Não houve diferença entre as toxicidades encontradas nos grupos. CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo demostraram que os pacientes tratados com esquema FLOX tiveram maior recorrência global e tendência a maior mortalidade específica por câncer do que os pacientes tratados com o esquema FOLFOX. Estudos prospectivos e com maior número de pacientes devem ser realizados para que o esquema FLOX deixe de ser uma opção de tratamento adjuvante no CCR. No entanto é favorável o uso do esquema FOLFOX nos pacientes que tiverem acesso à quimioterapia em infusão contínua.