Tesis
“Não é briga não - é só brincadeira de lutinha” : cotidiano e práticas corporais infantis
Fecha
2016-05-13Registro en:
FARIAS, Mayrhon José Abrantes. “Não é briga não... é só brincadeira de lutinha”: cotidiano e práticas corporais infantis. 2015. 130 f., il. Dissertação (Mestrado em Educação Física)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Autor
Farias, Mayrhon José Abrantes
Institución
Resumen
O presente trabalho tem como objetivo compreender o sentido/significado das
brincadeiras de luta como práticas corporais vivenciadas no cotidiano de
crianças de uma escola pública da ilha de São Luís do Maranhão. Para tanto,
realizamos um estudo de natureza fenomenológica, de inspiração etnográfica,
com crianças de 7 a 13 anos, à luz de estudos das sociologias do cotidiano e da
infância. Foram registrados no campo 27 episódios das mais diversas formas de
brincadeiras de luta. A análise desses episódios permitiu a organização de sete
classificações acerca dessas brincadeiras, bem como três eixos de significado, os
quais preveem o fenômeno como prática de: “imaginação/representação”,
“disputa/duelo” e “prazer/vertigem”. Esse corpus de sentido/significado proporcionou também a identificação de “hibridações” nessa organização, sendo que alguns episódios revelam traços de dois eixos diferentes. Os dados da pesquisa apontam os discursos da “violência” e do “lúdico” como finalidades norteadoras das brincadeiras de luta. As crianças representam nessas brincadeiras confrontos forjados no cotidiano. Seja por intermédio de conteúdos midiáticos ou de vivências na comunidade e/ou na escola, as práticas são
(re)criadas, interpretadas e compartilhadas na experiência infantil, evidenciando a participação ativa da criança no jogo social.