Tesis
Agência pública : espaços, atores, práticas e processos em reconfiguração na produção de investigações jornalísticas
Fecha
2015-06-09Registro en:
XAVIER, Aline Cristina Rodrigues. Agência pública: espaços, atores, práticas e processos em reconfiguração na produção de investigações jornalísticas. 2015. 172 f., il. Dissertação (Mestrado em Comunicação)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Autor
Xavier, Aline Cristina Rodrigues
Institución
Resumen
A pesquisa investiga os atores (membros internos e membros externos), as práticas e os processos de trabalho (financiamento, produção e distribuição) adotados pela Agência Pública (AP), no anseio de verificar como se constitui o modelo de negócio praticado pela AP, dentro de um cenário de convergência, no qual ocorrem reconfigurações nos espaços, atores, nas práticas e nos processos de produção de investigações jornalísticas. A Agência Pública apresenta-se como um objeto contemporâneo, característica que somada ao seu caráter unitário no contexto brasileiro contribuiu para a seleção do estudo de caso único incorporado, com unidades múltiplas de análise, como estratégia de pesquisa. Tal escolha pareceu-nos mais aconselhável em decorrência da pesquisa, em um primeiro momento, se propor a investigar e a descrever a Agência Pública em profundidade, por meio de três unidades de análise: organizacional, que se refere ao corpo de colaboradores, suas atribuições e responsabilidades; financeira, que diz respeito ao financiamento e à construção da sustentabilidade; e produtiva, que se concentra nas práticas e nos processos de produção adotados pela organização. Tomando-se por base as informações coletadas dentro das três unidades de análise, foi aplicada a ferramenta de gerenciamento estratégico Canvas de Modelo de Negócios, com o objetivo de revelarmos o modelo de negócios adotado pela Agência Pública. Além de lançar luz sobre a questão norteadora da pesquisa, o esforço de investigação oportunizou as seguintes conclusões: a) a Agência Pública busca legitimação por meio da adoção do rótulo de jornalismo independente; b) há correlação entre as condições de independência e sustentabilidade; c) a Agência Pública exerce uma função de complementariedade no atual cenário de convergência; d) o protagonismo do jornalista pode ser identificado como principal elemento orientador do modelo de negócio da Agência Pública.