Artículos de revistas
A globalização popular e o sistema mundial não hegemônico
Economic globalization from below the nonhegemonic world system;
La mondialisation populaire et le système mondial non hègémonique
Registro en:
10.1590/S0102-69092010000300002
Autor
Ribeiro, Gustavo Lins
Institución
Resumen
Existe uma globalização econômica nãohegemônica formada por mercados populares
e fluxos de comércio animados,
em grande medida, por gente do povo e
não por representantes das elites. Essas
atividades são consideradas ilegais, “contrabando”,
e as mercadorias, produtos piratas.
Tais redes comerciais são ilegítimas
do ponto de vista dos poderosos, que as
combatem em nome da legalidade. Este
artigo discute o que é legal/ilegal, lícito/
ilícito, lançando mão da noção de (i)lícito
para dar conta das ambivalências e
das contradições neste domínio. Cunho a
noção de sistema mundial não-hegemônico,
analiticamente dividido em duas
esferas interconectadas: o “crime organizado
global” e a “globalização popular”. Por
fim, faço considerações sobre as razões da
existência da globalização popular e a formação
do preço de suas mercadorias. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT There is an economic non-hegemonic
globalization made up of street markets
and trading flows that are animated by
actors of the lower classes and not by the
elites. These activities are considered as
illegal, as “smuggling.” The commodities
traded are often classified as piracy.
In consequence, the trading networks
are seen by the powerful as illegitimate
and are confronted with repression in
the name of legality. I thus debate what
is legal/illegal, licit/illicit and make use of
the notion of the (il)licit to tackle with
the ambivalences and contradictions of
this domain. I offer the notion of some
non-hegemonic world system, analytically
divided into two interconnected
spheres: the “global organized crime” and
the economic globalization from below.
Lastly, I make some considerations on
why economic globalization from below
exists and how the price of its commodities
is made up. _______________________________________________________________________________ RESUMÉ Il existe une mondialisation économique
non hégémonique formée par les marchés
populaires et les échanges commerciaux
animés, en grande partie, par des
personnes ordinaires et non par des représentants
des élites. Ces activités sont
considérées illégales, de la «contrebande»,
et les marchandises, des contrefaçons. De
tels réseaux commerciaux sont illégitimes
du point de vue des de ceux qui détiennent
le pouvoir, qui les combatent au
nom de la légalité. Cet article aborde la
question de ce qui est légal/illégal, licite/
illicite, sans considérer la notion de (il)
licite pour comprendre les ambivalences
et les contradictions dans ce domaine. Je
propose la notion de système mondial
non hégémonique, analytiquement divisé
en deux sphères interconnectés: le “crime
mondial organisé” et la “mondialisation
populaire”. En conclusion, je présente
mes considérations sur les raisons de
l’existence de la mondialisation populaire
et le prix de ses marchandises.