Tesis
Aplicação da Escala de Braden Q e o processo de enfermagem na prevenção de úlceras por pressão em crianças
Braden Q Scale application : the caring in nursing on the ulcers prevention by pressure in pediatrics;
Aplicación de Escala de Braden Q : cuidados de enfermería en la prevención de úlceras de presión en pediatría
Registro en:
BRANDÃO, Erlayne Camapum. Aplicação da Escala de Braden Q e o processo de enfermagem na prevenção de úlceras por pressão em crianças. 2013. 97 f., il. Dissertação (Mestrado em Enfermagem)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013.
Autor
Brandão, Erlayne Camapum
Institución
Resumen
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, 2013. A hospitalização é vista como uma situação perturbadora na vida das pessoas e tem contornos peculiares quando se trata de uma ocorrência na infância, pois afeta a vida familiar implicando em uma mudança na rotina de toda a família. Uma complicação que poderá ocorrer nesse período é a úlcera por pressão (UP), merecendo uma atenção especial a partir da prevenção. A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é um processo que melhora a qualidade do cuidado e que pode auxiliar na prevenção de úlceras por pressão em pediatria. O objetivo desse estudo foi analisar os riscos para desenvolvimento de UP em crianças hospitalizadas em uma Unidade de Terapia Intensiva e identificar a ocorrência de UP nessa clientela. Estudo descritivo e exploratório, realizado em um hospital de referencia materno-infantil no Distrito Federal. Aplicou-se um instrumento com 50 crianças hospitalizadas em uma UTI Pediátrica para obtenção de dados sócio-demográficos e clínicos, incluindo a aplicação da Escala de Braden Q e utilizou-se também outro instrumento com 12 enfermeiras do referido setor obtendo informações sobre a SAE. Os resultados relacionados com a amostra infantil foram os seguintes: a maioria era do sexo masculino (56%), com idade menor de 1 ano (44%), branca (54%), analfabeto/não estudava (86%), procedentes do Distrito Federal (70%), seus responsáveis eram mãe/pai (94%), renda familiar de 1 a 2 salários mínimos (52%) e com doenças no sistema nervoso (30%). Prevaleceu o uso de antiinflamatório e analgésicos (98%), de internações anteriores (58%) , até 10 dias de internação (37,9%) sendo o motivo mais frequente os problemas respiratórios (37,9%). Em relação ao tempo atual de internação predominou também até 10 dias (60%), o seguimento na atenção básica ficou em equilíbrio, 50% frequentavam e 50% não. A média dos escores da Escala de Braden Q foi 20,16. Em relação às sub-escalas, o escore 4 prevaleceu na Mobilidade (40%), Atividade (50%), Percepção sensorial (52%) e Perfusão tissular e oxigenação (64%). O escore 3 prevaleceu nas sub-escalas Umidade (38%) e Nutrição (50%), já o escore 2 predominou na Fricção e cisalhamento (52%). A única variável que teve diferença estatisticamente significativa foi menor de 1 ano (p=0,045). As medidas preventivas para UP realizadas foram: mudança de decúbito (70%), almofadas no calcâneo (54%) e utilização de hidratantes (54%). O colchao mais utilizado foi o de espuma (98%). Não houve casos novos de UP na amostra infantil. Em relação aos dados das enfermeiras observou-se que: todas eram do sexo feminino (100%), a maioria tinha especialização (58,3%) e não trabalhava em outra instituição (75%). As médias da idade foi de 37,8 anos, do tempo de atuação profissional foi de 13,8 anos, tempo de atuação na UTI Pediátrica foi de 5,2 anos. A maioria das enfermeiras não conhecia uma escala para prevenção de UP (66,7%) e não conhecia a escala de Braden Q (91,7%). Nenhuma utilizava a Escala de Braden Q na sua assistência, no entanto todas (100%) acreditavam que a utilização de uma escala desse tipo é importante na rotina da UTI Pediátrica, citando como justificativa padronizar a avaliação do risco (41,7%) e posicionar melhor a criança/proporcionar prevenção (41,7%). Todas as enfermeiras (100%) citaram como medida de prevenção para UP mudança de decúbito. A maior parte das enfermeiras (58,3%) relatou que a Escala de Braden Q pode contribuir com o processo de enfermagem (PE), citou como justificativa como meio de avaliar o cuidado oferecido e contribuir consequentemente com o PE, realizava o PE (58,3%) sendo que a etapa mais citada pelas enfermeiras foi a prescrição. No tocante às facilidades para realização do PE no setor pesquisado citou-se mais frequentemente: sistema informatizado (33,3%), trabalho com equipe multidisciplinar (33,3%), equipe envolvida em melhorar a assistência (33,3%). Já as dificuldades mais relatadas foram: falta de conhecimento das etapas (33,3%), sistema informatizado incompleto (33,3%), sobrecarga de trabalho (33,3%) e número de profissionais reduzidos (33,3%). Em relação às etapas do PE observadas nos prontuários das crianças, não se realizavam o diagnóstico de enfermagem (94%) e nem a prescrição de enfermagem (86%), e os registros eram na maioria anotações de enfermagem (56%). A utilização de uma escala que avalia o risco para UP é um método confiável que a enfermeira pode utilizar em sua rotina assistencial e a partir disso intensificar as medidas preventivas para aquelas crianças com maior risco. Já a realização da SAE proporciona uma assistência de qualidade à criança, assim como, aumenta a segurança nas decisões clínicas tomadas pelos enfermeiros. Nesse sentido, se faz necessário, um maior incentivo para sua realização nos serviços de saúde, demostrando que a sua aplicação fortalece a assistência e gera mais autonomia aos enfermeiros. ____________________________________________________________________________ ABSTRACT Hospitalization is seen as a disturbing situation in the life of people and has peculiar profiles when it is about an occurrence in the childhood, for it affects family life implying a change on the routine of the whole family. A complication that may occur during this period is the ulcer by pressure (UP), deserving a special attention as from the prevention. The Nursing Systematization of Assistance (NSA) is a process which improves the care quality and which may aid in the prevention of ulcers by pressure in pediatrics. The objective of this study was to analyze the risks for the development of UP in hospitalized children in an Intensive Care Unit and to identify the UP occurrence on this clientele. Descriptive and exploratory study accomplished in a reference mother-and-child hospital in the Federal District. An instrument was applied with 50 hospitalized children in a Pediatrics ICU in order to obtain socio-demographical and clinical data, including the Braden Q Scale application and another instrument was used as well with 12 nurses from the previously mentioned sector obtaining information about the NSA. The related outcomes with the child’s sample were the following: most of them was male (56%), under the age of 1 year (44%), white (54%), illiterate/not studying (86%), from the Federal District (70%), mother/father were their responsible (94%), family income from 1 to 2 minimum wages (52%) and having diseases in the nervous system (30%). The anti-inflammatory and painkillers treatment (98%), previous internments (58%), until 10 internment days (37.9%) respiratory problems being the most frequent reason (37.9%). In relation to the present internment time it also prevailed until 10 days (60%), the continuance the basic attention was balanced, 50% frequented and 50% did not. The Braden Q Scale score average was 20,16. In relation to the under-scales, score 4 prevailed in the Modality (40%), Activity (50%), Sensorial perception (52%) and Tissue perfusion and oxigenation (64%). Score 3 prevailed in the Humidity under-scales (38%) and Nutrition (50%), score 2 prevailed on the Friction and shear (52%). The only variable that had a significant difference statistically was shorter than a year (p=0,045). The preventable measures for accomplished UP were changing of decubitus (70%), cushions in the heel bone (54%) and moisturizing use (54%). The most used mattress was the one made of foam (98%). There were no new UP cases in the child’s sample. Regarding the data of the nurses, it was observed that: all of them were female (100%), most of them had a major degree (58.3%) and did not work at another institution (75%). The age average was 37.8 years, professional performance time was 13.8 years, Pediatrics ICU performance time was 5.2 years. Most of the nurses did not know a UP prevention scale (66.7%) and did not know the Braden Q Scale (91.7%). None of them used the Braden Q Scale in their assistance, however, all of them (100%) believed that the use of a scale this type is important in the Pediatrics ICU routine, quoting as excuse to standardize the risk assessment (41.7%) and to better place the child / to provide prevention(41.7%). All of the nurses (100%) quoted as a prevention measure for UP the decubitus change. Most of the nurses (58.3%) reported that the Braden Q Scale may contribute with the nursing process (NP), quoted as excuse as a way to assess the offered care and consequently to contribute with the NP, accomplished the NP (58.3%) being the most cited stage by the nurses the prescription. Regarding the facilities to the NP performance, it was cited most frequently: computerized system (33.3%), work with multidisciplinary team (33.3%), involved team into improving assistance (33.3%). As for the most reported difficulties were: lack of stage knowledge (33.3%), incomplete computerized system (33.3%), work overload (33.3%) and reduced number of professionals (33.3%). Regarding the observed NP stages on the handbook of the children, no nursing diagnosis used to be performed (94%) and neither the nursing prescription (86%), and the records were most of them nursing notes (56%). The use of a scale that assess the risk for UP is a reliable method the nurse may use in her assistance routine and from that to intensify the preventable measures to those children with greater risk. As for the NSA performance, it provides an assistance of quality to the child as well as raises security in the clinic decisions taken by the nurses. In this sense, it is necessary a bigger encouragement for the health services accomplishment, showing that their application strengthens the assistance and generates more autonomy to the nurses. _____________________________________________________________________________ RESUMEN La hospitalización es visto como una situación preocupante en la vida de las personas y tiene contornos peculiar cuando se trata de una ocurrencia en la niñez, afecta a la vida familiar que resulta en un cambio en la rutina para toda la familia. Una de las complicaciones que pueden ocurrir durante este período es la úlcera por presión (UP), merece una especial atención por parte de la prevención. El Sistematización de la Atención de Enfermería (SAE) es un proceso que mejora la calidad de la atención y puede ayudar en la prevención de las úlceras por presión en pediatría. El objetivo de este estudio fue analizar los riesgos para el desarrollo de la UP de los niños hospitalizados en una unidad de cuidados intensivos e identificar la ocurrencia de la UP esta clientela. Estudio descriptivo, realizado en un hospital de referencia materno-infantil en el Distrito Federal. Se aplica un instrumento con 50 niños hospitalizados en una UCI pediátrica para obtener datos socio-demográficos y estudios clínicos, incluida la aplicación de la Escala de Braden Q y que también se utiliza un instrumento con 12 enfermeras de ese sector para conseguir información acerca de la SAE. Los resultados relacionados con los niños de la muestra fueron los siguientes: la mayoría eran varones (56%) de edad menor de 1 año (44%), blancos (54%), analfabeto/no estudiar (86%), procedentes de Distrito Federal (70%), sus padres eran la madre/el padre (94%), los ingresos familiares 1-2 salarios mínimos (52%) y enfermedades del sistema nervioso (30%). Se impuso y el uso de analgésicos anti-inflamatorios (98%) de los ingresos previos (58%), hasta 10 días de hospitalización (37,9%) son los problemas respiratorios causa más común (37,9%). En cuanto a la hora del ingreso también predominó hasta 10 días (60%), el seguimiento en la atención primaria estaba en equilibrio, 50% y 50% que no asisten. Las puntuaciones medias de la escala de Braden Q fue de 20,16. En cuanto a las subescalas, la puntuación de 4 prevalecía en la movilidad (40%), actividad (50%), la percepción sensorial (52%) y el tejido de perfusión y oxigenación (64%). La puntuación se impuso en tres subescalas de humedad (38%) y alimentación (50%), lo que supuso el 2 predominó en fricción y cizalla (52%). La única variable que tenía una diferencia estadísticamente significativa fue de menos de 1 año (p = 0,045). Se llevaron a cabo medidas preventivas para UP: Cambio de posición (70%), taloneras en (54%) y el uso de cremas hidratantes (54%). El colchón era la espuma más común (98%). No hubo nuevos casos de la UP en el niño muestra. En cuanto a las enfermeras de datos observó que: todas eran mujeres (100%), la mayoría tenía experiencia (58,3%) y no funcionó en otra institución (75%). La edad media fue de 37,8 años, el tiempo de la práctica fue de 13,8 años, mientras que actúa en la UCI pediátrica fue 5,2 años. La mayoría de las enfermeras no sabían una escala para la prevención de la PU (66,7%) no conocía la escala de Braden Q (91,7%). Ninguno utilizó la Escala de Braden Q en su cuidado, sin embargo, todos (100% de) cree que el uso de tal escala es importante en la rutina UCI pediátrica, citando como justificación estandarizar la evaluación de riesgos (41,7%) y mejor posición que el niño/proporcionar servicios de prevención (41,7%). Todas las enfermeras (100%) citaron como una medida preventiva para Cambio de posición UP. La mayoría de las enfermeras (58,3%) informaron de que la escala de Braden Q puede contribuir al proceso de enfermería (PE), citado como justificación como un medio para evaluar la atención recibida y por lo tanto contribuir a la PE, el PE cuenta ( 58,3%), siendo el paso más frecuentemente mencionada por los enfermeros fue la receta. En cuanto a las instalaciones para llevar a cabo el sector PE examinó citado con mayor frecuencia: sistema informático (33,3%), trabajando con un equipo multidisciplinario (33,3%), el personal que participa en la mejora de la atención (33,3%). Sin embargo, las dificultades más frecuentes fueron: la falta de conocimiento de las etapas (33,3%), el sistema de información incompleta (33.3%), la sobrecarga de trabajo (33,3%) y la reducción del número de profesionales (33,3%). En cuanto a las etapas del PE observó en los registros de los niños, no se realiza el diagnóstico de enfermería (94%), ni la prescripción de enfermería (86%), y el registro fueron en su mayoría las notas de enfermería (56%). El uso de una escala que evalúa el riesgo de UP es un método fiable de que la enfermera puede utilizar en su atención de rutina y de que intensifiquen las medidas de prevención para los niños en mayor riesgo. Desde la finalización del SAE proporciona atención de calidad a los niños, así como aumenta la seguridad en las decisiones clínicas tomadas por las enfermeras. En este sentido, es necesario un mayor incentivo para que sus logros en los servicios de salud, mostrando que su asistencia con la aplicación fortalece y genera una mayor autonomía a las enfermeras.