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Como nascem os brasileiros : descrição das características sociodemográficas e condições dos nascimentos no Brasil, 2000, 2005 e 2009
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Autor
Maranhão, Ana Goretti Kalume
Vasconcelos, Ana Maria Nogales
Aly, Célia Maria Castex
Rabello Neto, Dácio de Lyra
Poncioni, Ivana
Maranhão, Maria Helian Nunes
Reyes Lecca, Roberto Carlos
Fernandes, Roberto Men
Institución
Resumen
Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico dos nascimentos no país, segundo características sociodemográficas e relativas às condições de nascimento, desde uma perspectiva geográfica. Método: Foram utilizados dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) dos anos 2000, 2005 e 2009. Foram analisadas as seguintes variáveis: idade, escolaridade e município de residência da mãe, assistência pré-natal, duração da gestação, município de ocorrência e tipo de parto, peso ao nascer, raça/cor da pele e presença de anomalias congênitas no recém-nascido. Resultados: Em 2009, a cobertura do Sinasc alcançou 96% dos nascimentos esperados. No período 2000-2009, o número de nascimentos no país continua em queda, a estrutura etária das mães é mais envelhecida, as gestantes realizam mais consultas de pré-natal e mais cesáreas. Aproximadamente um a cada quatro nascimentos ocorre fora do município de residência da mãe, e, dentre eles, um a cada três fora da região de saúde. Quanto ao perfil epidemiológico dos nascimentos, persistem diferenças importantes segundo regiões e porte do município de residência da mãe. Houve acréscimo discreto de crianças com baixo peso ao nascer em todos os portes de município e de prematuros nos municípios acima de 100 mil habitantes. Conclusão: Evidencia-se intensa mobilidade espacial das gestantes em busca da assistência ao parto: quanto menor o porte populacional do município de residência, maior a proporção de nascimentos ocorridos fora da região de saúde. Em um contexto de queda da natalidade, com aumento da idade materna e de cesáreas, esse capítulo é uma contribuição para uma melhor atuação de gestores das diversas esferas de governo no enfrentamento dos desafios para a redução das iniquidades em saúde ainda existentes.