Tesis
CICLAGEM DE NUTRIENTES EM DIFERENTES CONDIÇÕES EDAFOCLIMÁTICAS EM TRECHO DE FLORESTA OMBRÓFILA DENSA
Fecha
2018-08-22Registro en:
CASTRO, K. C., CICLAGEM DE NUTRIENTES EM DIFERENTES CONDIÇÕES EDAFOCLIMÁTICAS EM TRECHO DE FLORESTA OMBRÓFILA DENSA
Autor
CALDEIRA, M.V.W.
DIAS, H. M.
BURAK, D. L.
PEREIRA, M. G.
GODINHO, T. O.
Institución
Resumen
Em geral, o solo recebe diversas influências durante o processo de intemperismo:clima, organismos, relevo e material de origem, que ao longo do tempo constituemfatores marcantes na formação. Sua interação com a vegetação e com o clima, e como esses fatores contribuem para a ciclagem de nutrientes dão margem para pesquisas ainda mais elucidativas. Desta forma, este trabalho teve como objetivos investigar a formação dos solos, a dinâmica da ciclagem de nutrientes e a relação no sistema solo planta, por meio da atividade microbiana. O estudo foi realizado em um trecho de Floresta Ombrófila Densa Montada localizada no Parque Nacional do Caparaó, ES. Para a classificação dos solos, foi realizada abertura de trincheiras em sete parcelas implantadas na área de estudos, e para cada trincheira foram realizadas análises morfológicas, físicas e químicas, com descrição dos perfis e posterior classificação dos mesmo segundo o Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos. Também foi estudada a atividade microbiológica na camada superficial
dos solos, por meio da atividade enzimática (Urease, β-glucosidade e da Fosfatase), da biomassa microbiana, e dos teores de carbono e nitrogênio total da camada superficial dos solos. O estudo da ciclagem de nutrientes foi feito via serapilheira e decomposição foliar. A coleta de serapilheira foi realizada mensalmente entre janeiro de 2013 e dezembro de 2016 e a serapilheira depositada foi separada em fração folhas e fração outros materiais. As frações da serapilheira depositada e a serapilheira acumulada foram levadas a laboratório e as análises químicas de macronutrientes e de fibras em detergente ácido foram realizadas por estação. A serapilheira e a constante de decomposição foram correlacionadas com os dados ambientais para a área de estudos. Foram classificados seis tipos de solos diferentes, distribuídos em três classes distintas: Latossolos, Cambissolos e Organossolos. Os solos foram em sua maioria pouco profundos, de baixa fertilidade e com elevado teor de Matéria Orgânica. A produção de serapilheira se mostrou 7 semelhante ao logo dos quatro anos de estudos, porém, o acúmulo de serapilheira reduziu a partir do segundo ano. Houve redução do aporte das frações durante o outono e o inverno, e não existiu diferença sazonal para o acúmulo de biomassa. Em
relação aos teores de C, N e, P, os mesmos não tem uma sazonalidade marcantes para a fração folhas e a fração outros materiais. Maiores teores de P foram observados para a fração outros materiais. O teor de C variou na serapilheira acumulada, principalmente no inverno. O teor de polifenóis totais foram variáveis principalmente na fração folhas e as relações C:N, Polifenóis:N, Lignina:N e Lignina+Celulose:N se mostraram positivamente correlacionadas com a variação altitudinal. A atividade microbiológica nos solos se mostrou sazonal, e influenciada pela alteração altitudinal, se correlacionando fortemente com o carbono e o nitrogênio no verão e no inverno da camada superficial dos solos. Tanto a atividade microbiológica quando os teores de carbono e nitrogênio foram correlacionados principalmente com as características químicas do material vegetal aportado e acumulado na área de estudo, indicando uma relação forte entre a vegetação e a comunidade microbiológica.
Palavras-chave: Classificação dos solos, Serapilheira, Decomposição.