Tesis
Análise de Custo da Infecção Hospitalar em Unidade de Terapia Intensiva no Espírito Santo.
Fecha
2007-09-28Registro en:
RODRIGUES, A. L. L., Análise de Custo da Infecção Hospitalar em Unidade de Terapia Intensiva no Espírito Santo.
Autor
CADE, N. V.
FALQUETO, A.
PASSOS, L. N.
Institución
Resumen
As infecções adquiridas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) apresentam alta
incidência, gerando repercussões sobre custos e mortalidade e, no Estado do Espírito
Santo (ES), não existem informações disponíveis sobre o impacto econômico das
infecções hospitalares em UTIs. O estudo objetiva estimar o custo das três principais
infecções em UTIs destinadas a tratamento de pacientes adultos no ES infecções
urinárias, pneumonias e infecções de corrente sanguínea. É uma pesquisa tipo casocontrole,
com amostra de 97 casos de infecção hospitalar (IH), notificados, durante o
período de 01 de julho de 2004 a 31 de dezembro de 2005, pelas Comissões de
Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) de três hospitais da rede pública. Os casos
foram pareados por sexo, idade, número de diagnósticos e índice de gravidade
APACHE II à admissão nas UTIs, com 97 controles que não apresentaram infecção no
período. A análise dos custos diretos das infecções nas UTIs considerou três variáveis:
permanência extra na UTI, consumo de antimicrobianos e realização de exames
microbiológicos. Ao se comparar os casos de infecção com seus controles, observou-se
que, em média, a permanência hospitalar adicional foi 18 dias para os casos, que
consumiram 2,4 mais doses diárias definidas (DDD) de antimicrobianos e realizaram
mais 3,8 exames microbiológicos por paciente, durante a internação (p=0,000). No total,
a estimativa da média do custo da internação hospitalar, nos dois grupos, demonstrou
um custo extra de US$ 2.241, 35 (p=0,05), sendo as diárias de UTI o fator mais
oneroso. Nos três tipos de infecção estudados, o maior excesso de custos foi
observado para os casos de pneumonia, com média US$ 2.801,14 por paciente.
Conclui-se que as infecções adquiridas em UTIs aumentaram a permanência dos
pacientes e o consumo de antimicrobianos em hospitais públicos no Estado do Espírito
Santo.