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Elevação da gama-glutamiltransferase sérica na hepatopatia esquistossomótica não se correlaciona com a carga parasitária e precede alterações ultra-sonográficas
Fecha
2002-03-01Registro en:
Arquivos de Gastroenterologia. Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia - IBEPEGE Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva - CBCD Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva - SBMD Federação Brasileira de Gastroenterologia - FBGSociedade Brasileira de Hepatologia - SBHSociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva - SOBED, v. 39, n. 1, p. 27-31, 2002.
0004-2803
S0004-28032002000100006.pdf
S0004-28032002000100006
10.1590/S0004-28032002000100006
Autor
Feldner, Ana Cristina de Castro Amaral
Aguiar, Luciane Aparecida Köpke de
Souza, Mônica Rodrigues de Araújo
Toledo, Carlos Fischer de
Borges, Durval Rosa
Institución
Resumen
Background - Liver disorders are the major manifestations of schistosomiasis mansoni. Factors that account for increased concentrations of cholestasis-indicating enzymes in the hepatosplenic form of the disease are unknown. Objective - To assess the correlation between increased gamma-glutamyltransferase serum levels and both the parasitic load and ultrasound alterations in patients with schistosomiasis. Patients and methods - Twenty-five patients with the chronic form of schistosomiasis were assessed for the presence or absence of increased enzymatic levels, for the parasitic load (low x medium/high) and for ultrasound parameters. Furthermore, analysis of prothrombin time and a platelet count were performed. Results - Of the 25 patients, 13 showed increased gamma-glutamyltransferase plasma levels. No significant correlation was found between increased gamma-glutamyltransferase levels and the parasitic load, or between increased enzyme levels and ultrasound alterations. Nor did the prothrombin index or the platelet count differ between the two groups (normal gamma-glutamyltransferase levels and increased gamma-glutamyltransferase levels). Conclusion - The parasitic load explains no rise in gamma-glutamyltransferase plasma levels in patients with the chronic form of schistosomiasis, and conventional ultrasound is not a sensitive method to detect the alteration suggested by the increased enzyme level in those patients. Racional - As alterações hepáticas constituem as mais importantes manifestações da esquistossomose mansônica. Não são conhecidos fatores que expliquem elevação sérica de enzimas indicadoras de colestase na forma hepatoesplênica da doença. Objetivo - Avaliar a correlação entre elevação da gama-glutamiltransferase sérica e a carga parasitária e alterações ultra-sonográficas em pacientes esquistossomóticos. Casuística e método - Foram avaliados 25 pacientes portadores da forma crônica pura da esquistossomose, quanto a presença ou não de elevação enzimática, quanto a carga parasitária (baixa x média/alta) e quanto a parâmetros ultra-sonográficos. Foi realizada, ainda, análise do índice de protrombina e contagem de plaquetas. Resultados - Dos 25 pacientes, 13 apresentavam elevação da gama-glutamiltransferase sérica. Não houve correlação significativa entre elevação de gama-glutamiltransferase e carga parasitária, ou entre elevação da enzima e alterações ultra-sonográficas. O índice de protrombina e a contagem de plaquetas também não foram diferentes entre os dois grupos (gama-glutamiltransferase normal e gama-glutamiltransferase elevada). Conclusão - A carga parasitária não explica o aumento da gama-glutamiltransferase sérica em pacientes portadores de esquistossomose e a ultra-sonografia convencional não é método sensível para detectar alteração sugerida pela elevação da enzima nestes pacientes.