Article (Journal/Review)
Teoria ator-rede e estudos críticos em administração: possibilidades de um diálogo
Fecha
2009-09-01Registro en:
Cadernos EBAPE.BR. Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, v. 7, n. 3, p. 405-418, 2009.
1679-3951
10.1590/S1679-39512009000300003
S1679-39512009000300003.pdf
S1679-39512009000300003
Autor
Silveira, Rafael Alcadipani da
Tureta, César
Institución
Resumen
The aim of this paper is to questioning whether the Actor-Network Theory would be, in fact, unable to contribute to the critical analyses in organizational studies. We discussed, then, the main characteristics of Critical Management Studies and its development in the Brazilian context. We also present some of the initial concepts of the ANT, which was subject to criticism by naturalizing organizations, transmitting the idea that the ordering process is static and can be understood in a mechanical way, and neglecting the political stance in its analyses. As a way to overcome such limitations, that would make difficult to position ANT as a critical approach, we discuss the new developments of this approach, known as ANT and After, which redefined some of its main concepts, enabling the use of it as a critical analytical tool to organizations. We conclude that many of the criticism intended for ANT, regarded to its uncritical and non-reflective character, are no longer appropriate, because of the new developments emerged from the ANT and After. O objetivo deste artigo é questionar se a teoria ator-rede (TAR) seria, de fato, incapaz de contribuir para análises criticas nos estudos organizacionais. Discutimos, então, as princpais características dos estudos críticos em administração, bem como seu desenvolvimento no contexto brasileiro. Apresentamos ainda alguns dos conceitos iniciais da TAR, que foram alvo de críticas não apenas por naturalizarem as organizações e transmitirem a ideia de que o processo de ordenação é estático, podendo ser entendido de maneira mecânica, mas também por desconsiderarem a dimensão política em suas análises. Como forma de superar tais limitações, que dificultariam um posicionamento crítico da TAR, analisamos os novos desenvolvimentos dessa abordagem, conhecidos como TAR e Depois, que redefiniram algumas de suas principais noções, possibilitando adotar essa perspectiva como instrumento analítico crítico das organizações. Concluímos que muitas das críticas direcionadas à TAR, no que concerne ao seu caráter acrítico e não-reflexivo, já não se sustentam mais, em função dos novos desdobramentos emergidos da TAR e Depois.