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Projeto jardinagem como terapia ocupacional na recuperação de pacientes do CERDIF
Fecha
2013Registro en:
Revista Ciência em Extensão, v. 9, n. 3, p. 197, 2013.
1679-4605
ISSN1679-4605-2013-09-03-197.pdf
0044905209083349
0000-0003-3421-7235
Autor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Institución
Resumen
As atividades de jardinagem e horticultura geram tranquilidade e grande satisfação ao ser humano. Assim sendo, o uso delas na terapia ocupacional proporciona ao paciente uma sensação de bem-estar, contribuindo diretamente na sua recuperação. Durante o período em que o paciente realiza as atividades, ocorre uma melhora no seu relacionamento com os demais pacientes e com o terapeuta. Além disso, este paciente adquire destreza manual, sensibilização motora, flexibilidade física, memorização visual, percepção e, em alguns casos, desperta algumas habilidades. O objetivo deste projeto foi de utilizar a jardinagem e a horticultura na recuperação de pacientes com dependência química, alcoólatras e desabilitados por razões dos tratamentos com medicamentos ministrados no período crítico de dependência. O projeto foi realizado no Núcleo de Saúde Mental (CERDIF) no município de Ilha Solteira - SP, no período de março a dezembro de 2012, com o acompanhamento do bolsista, auxílio da terapeuta ocupacional e da psicóloga (coordenadora do CERDIF). O método utilizado consistiu primeiramente na realização de uma integração dos pacientes participantes do projeto, demonstrando a importância e o objetivo do trabalho. Após isso, no decorrer das primeiras semanas, foram confeccionados os canteiros, com etapas de revolvimento, adubação, elevação e irrigação do solo, bem como a semeadura de bandejas com sementes de hortaliças. Paralelo a isso, foram realizados plantios de mudas de plantas ornamentais ao redor do prédio do CERDIF e confecção de vasos de garrafa “pet” com a semeadura de flores. Por fim, no decorrer do andamento do projeto, a manutenção dos canteiros e mudas transplantadas ocorreu semanalmente, com eliminação de plantas daninhas, irrigações diárias, adubações orgânicas suplementares e controle biológico de pragas quando necessário. Os pacientes demonstraram boa aceitação e comprometimento na manutenção do projeto. Segundo as terapeutas e pela observação do próprio bolsista, foi visível que ocorreu melhora no relacionamento com os demais pacientes, com o terapeuta e com o bolsista. Apresentaram também melhor destreza manual, sensibilização motora, flexibilidade física, memorização visual, percepção e em alguns casos despertaram-se habilidades com relação ao manejo do solo e cultivo das hortaliças.