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Diferenças estilísticas do autotradutor João Ubaldo Ribeiro em Sergeant Getulio e An Invincible Memory
Fecha
2011Registro en:
Tradução e Comunicação, v. 21, p. 53-64, 2011.
0101-2789
ISSN0101-2789-2011-21-53-64.pdf
3359712703810469
Autor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Institución
Resumen
Este trabalho teve por objetivo analisar o estilo de João Ubaldo Ribeiro enquanto autotradutor e também compará-lo ao seu estilo enquanto autor, por meio de um corpus paralelo formado pelas obras Sargento Getúlio/Sergeant Getulio e Viva o povo brasileiro/An invincible memory. A fundamentação teórica apoia-se na abordagem interdisciplinar proposta por Camargo (2005, 2007) envolvendo os estudos de tradução baseados em corpus (Baker, 1996, 2000, 2004) e a linguística de corpus (Berber Sardinha, 2004). Para uma observação do seu perfil estilístico, procurei identificar usos linguísticos característicos e individuais, ou seja, traços de seu comportamento linguístico relacionados à variação vocabular. Quanto aos resultados, foi possível observar que, enquanto participante como autotradutor, Ubaldo Ribeiro revela um padrão estilístico distintivo e preferencial que apresenta menor variação lexical. Em contraste, na situação de participante como autor, Ubaldo Ribeiro mostra padrões estilísticos com maior variação. A diversidade de vocabulário já era esperada para o escritor João Ubaldo, uma vez que a crítica literária enfatiza a sua habilidade na exploração do verbo brasileiro. Ao considerar a forma padronizada como uma indicação do uso que o autotradutor faz da linguagem, pode-se destacar, apesar da influência de possíveis variáveis, que a diferença menor registrada para Sergeant Getulio (3,69) e acentuadamente mais baixa para An invincible memory (4,73) constituem marcas significativas da utilização dos padrões estilísticos próprios desse tradutor de si mesmo, revelando o impacto da extensão dessas diferenças em contraste com a escrita do autor, respectivamente em Sargento Getúlio e Viva o povo brasileiro.