Artículos de revistas
Tempos verbais: uma abordagem funcionalista
Fecha
1994Registro en:
ALFA: Revista de Linguística, v. 38, 1994 - O funcionalismo em Lingüística
1981-5794
0002-5216
ISSN1981-5794-1994-38-57-74.pdf
Autor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Institución
Resumen
Partindo da hipótese de transitividade de Hopper & Thompson (1980), segundo a qual se mede a transitividade por uma série de traços e introduzindo algumas adaptações, decidimos analisar os dois pretéritos da língua portuguesa, o perfeito e o imperfeito, seguindo os parâmetros por eles apresentados. Para avaliar o grau de transitividade das orações em que se encontram esses dois tempos verbais, utilizamo-nos dos seguintes fatores: valor semântico do A1, que corresponde à agentividade, à volição e à kinesis, da hipótese de Hopper & Thompson, pessoa verbal, número de argumentos e grau de afetamento do A2 (objeto). Avaliamos o relacionamento entre esses vários fatores, que, na realidade, são parâmetros que medem o grau de transitividade, através de tabelas de freqüência, de cada um individualmente, por meio do programa Varbrul, bem como através do cruzamento de dados, pelo programa Crosstab. Procuramos relacionar os dados obtidos estatisticamente através de uma ótica discursiva. Constatamos haver relações entre o uso do perfeito e características de alta transitividade e o do imperfeito e traços de baixa transitividade, ligando-se o perfeito ao primeiro plano do discurso e o imperfeito ao segundo.