Tesis
A pontuação como marcador expressivo da disritmia poética em Lavoura Arcaica, de Raduan Nassar
Fecha
2004-09-10Registro en:
MARTINS, Alexandre de Oliveira. A pontuação como marcador expressivo da disritmia poética em Lavoura Arcaica, de Raduan Nassar. 2004. 125 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2004.
000281923
martins_ao_me_sjrp.pdf
33004153015P2
Autor
Gonçalves, Aguinaldo José [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Institución
Resumen
Este trabalho desenvolve uma análise sobre a plurissignificação dos signos ideográficos na obra Lavoura arcaica a partir da proposição de algumas hipóteses que justificam por que a pontuação pode na relação com a palavra-, ser a figurativização do próprio desconcerto que o livro tematiza. Partindo do princípio de que o caráter flutuante que cerca o uso da pontuação favorece o trabalho com a modalidade semiótica de significação, aquela da ordem dos impulsos, a reflexão apresenta alguns exames de casos por meio dos quais é possível observar que os signos ideográficos acabam por reger o ritmo, a melodia, a falha, o silêncio e a contração da linguagem, enquanto os signos fonográficos são regidos pelo simbólico. A partir, então, da tensão entre palavra e pontuação, a análise passa a abordar relações entre instinto/razão, afeto/lei, analógico/digital, pessoal/social, processo/julgamento. Cette étude traite l'analyse de la plurisignification des signes idéographiques dans l'oeuvre Lavoura arcaica à partir des propositions de certaines hypothèses qui justifient pourquoi la ponctuation peut être dans sa relation avec le mot - la figurativisation du désordre même que le livre développe. En partant du principe que le caractère flottant (ou indécis), qui entoure l'usage de la ponctutation, favorise le rapport avec la modalité sémiotique de la signification, celle de l'ordre des impulsions, la réflexion présente alors quelques examens de cas au moyen desquels il est possible d'observer que les signes idéographiques finissent par conduire (ou mener) le rythme, la mélodie, l'imperfection, le silence et la contraction du langage, alors que les signes phonographiques sont menés (ou conduits) par la symbolique. Ainsi, à partir de la tension existant entre le mot et la ponctuation, l'analyse commence à aborder les relations entre l'instinct et la raison, l'affect et la loi, l'analogique et le numérique, le personnel et le social, le processus et le jugement.