Dissertation
Estudo da integração genômica do HTLV-I e da clonalidade das células leucêmicas na leucemia / linfoma de células T do adulto (ATL) na Bahia
Fecha
2008Registro en:
SILVA, A. C. Estudo da integração genômica do HTLV-I e da clonalidade das células leucêmicas na leucemia / linfoma de células T do adulto (ATL) na Bahia. 2008, 114 f. Dissertação (Mestrado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa)-Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, Salvador, 2008.
Autor
Silva, Aline Clara da
Institución
Resumen
A leucemia/linfoma de células T do adulto (ATL)
constitui uma forma grave de leucemia/ linfoma que ocorre, em geral, na vida adulta e é
causada pelo vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV-I). O HTLV-I está presente em
cerca de 1,8% da população da cidade de Salvador, Bahia, Brasil. No entanto, apenas cerca de
5% dos infectados desenvolvem ATL. O HTLV-I é um retrovírus que integra o seu DNA
proviral no DNA genômico da célula hospedeira (principalmente células T CD4+) num local
que presume-se randômico e, acredita-se que, para o desenvolvimento da ATL, é necessário
ocorrer a expansão clonal das células infectadas. Assim, a detecção da integração proviral e
da clonalidade da células leucêmicas são de fundamental importância para o diagnóstico da
ATL e definição do tratamento. O presente trabalho buscou identificar os locais de integração
do DNA proviral do HTLV-I no DNA da célula hospedeira e o tipo de expansão clonal
observada em amostras de PBMC e células de tecido de lesões de pacientes com diagnóstico
clínico-patológico de ATL do estado da Bahia. A determinação do sítio de integração do
DNA proviral na célula hospedeira foi feita, em 24 pacientes, através das técnicas de IPCR e
ILPCR. Estas técnicas permitiram identificar o sítio de integração proviral em pacientes de
ATL de diferentes formas clínicas e observou-se que a integração do provírus não ocorreu de
forma preferencial em nenhum cromossomo. Em apenas três pacientes houve interrupção de
seqüências codificantes e na maioria dos demais pacientes analisados, o provírus integrou-se
em regiões próximas aos centrômeros, conhecidas como regiões repetitivas alfóides. O padrão
de clonalidade das células leucêmicas foi determinado, em 36 pacientes, através da análise por
PCR do rearranjo dos genes que codificam para a cadeia γ do TCR. Observou-se assim um
padrão monoclonal das células T para todos os pacientes com forma clínica aguda. Nas outras
formas clínicas, uma pequena percentagem de pacientes apresentou padrão misto ou
policlonal. Os resultados obtidos demonstraram que as técnicas utilizadas permitiram
determinar o sítio de integração e o padrão de clonalidade das células infectadas pelo HTLV-I
em pacientes de ATL e podem ser aplicadas para diagnóstico e acompanhamento dos
pacientes de ATL da Bahia.