Dissertation
Distribuição espacial da mortalidade infantil por doenças infecciosas e parasitárias em Jaboatão dos Guararapes - PE
Fecha
2007Registro en:
RODRIGUES, M. B. Distribuição espacial da Mortalidade Infantil por Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) em Jaboatão dos Guararapes – PE. 2007. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Recife, 2007.
Autor
Rodrigues, Mirella Bezerra
Institución
Resumen
O objetivo deste trabalho foi estudar a distribuição espacial da MI por DIP em Jaboatão dos Guararapes e sua relação com o indicador de carência social (ICS), identificando áreas geográficas de maior risco. Para isto, este estudo foi constituído pelo universo dos nascidos vivos, residentes no município, que foram a óbito com menos de 1 ano de vida e que tiveram as DIP como causa básica e/ou causas associadas do óbito, ocorridos entre 2000 e 2004. Os dados foram extraídos do Sistema de Informação sobre Mortalidade, Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos e do Censo de 2000 (IBGE). Considerou-se o coeficiente de mortalidade infantil por DIP como variável dependente e as variáveis: sexo, bairro, duração da gestação, tipo de gravidez, tipo de parto, peso ao nascer, faixa etária e escolaridade da mãe, evitabilidade e o ICS como variáveis independentes. Nos resultados observou-se uma maior magnitude no período pós-neonatal, no sexo masculino, em mães com escolaridade de 4 a 7 anos e no grupamento das doenças infecciosas intestinais. Quanto ao ICS pode-se observar que Jaboatão é um município com precárias condições de vida. Na correlação do ICS com a MI por DIP não se conseguiu evidenciar esta associação nas unidades de análise (r =0,199). Entretanto, quando esta foi medida segundo extrato de risco, ficou clara a correlação entre carência social e ocorrência do óbito infantil por DIP (r=0,87; p = 0,008; F =12,88). Na aplicação do modelo simples de regressão linear pôde-se ver que o modelo utilizado é capaz de explicar a MI por DIP em 98 por cento (R2 = 0,981). Agrupando os quartis de médio risco encontrou-se um valor de R2 ainda maior (R2 = 0,995). Conclui-se que o ICS demonstrou sensibilidade na predição de áreas de risco, servindo como um útil instrumento para o planejamento de ações de controle desta mortalidade, e que o município merece estudos que retratem a situação da MI por causas evitáveis, de forma que possa intervir de modo precoce e eficaz