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Desigualdade social, crescimento urbano e hanseníase em Manaus: abordagem espacial
Fecha
2009Registro en:
IMBIRIBA, Elsia Nascimento Belo et al. Desigualdade social, crescimento urbano e hanseníase em Manaus: abordagem espacial. Revista de Saúde Pública, v. 43, n. 4, p. 656-665, 2009.
0034-8910
Autor
Imbiriba, Elsia Nascimento Belo
Silva Neto, Antônio Levino da
Souza, Wayner Vieira de
Pedrosa, Valderiza
Cunha, Maria da Graça Souza
Garnelo, Luiza
Institución
Resumen
OBJETIVO: Analisar a epidemiologia de hanseníase segundo a distribuição
espacial e condições de vida da população.
MÉTODOS: Estudo ecológico baseado na espacialização da hanseníase em
Manaus (AM), entre 1998 e 2004. Os 4.104 casos obtidos do Sistema de
Informações de Agravos de Notifi cação foram georreferenciados de acordo
com a localização dos endereços em 1.536 setores censitários urbanos, por meio
de quatro técnicas: correios (73,7% dos endereços encontrados); Programa
de Cadastro de Logradouros (7,3%); Programa Saúde da Família (2,1%) e
folhas de coleta do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (1,5%). Para
cálculo do coefi ciente de detecção utilizou a população de 2001. Na análise
espacial foi aplicado o método bayesiano empírico local para produzir uma
estimativa do risco da hanseníase, suavizando o efeito da fl utuação das taxas,
quando calculadas para pequenas áreas. Para análise da associação entre
espacialização e fatores de risco empregou-se a regressão logística, tendo
como variáveis explicativas a ocorrência de casos em menores de 15 anos
(indicador de gravidade) e o Índice de Carência Social construído a partir das
variáveis do Censo 2000.
RESULTADOS: O coefi ciente de detecção apresentou-se hiperendêmico em
34,0% dos setores e muito alto em 26,7%. A medida de associação (odds
ratio) referente às variáveis explicativas foi signifi cativa. A combinação de
baixa condição de vida e ocorrência em menores de 15 anos foi adotada para
identifi car as áreas prioritárias para intervenção.
CONCLUSÕES: A análise espacial da hanseníase mostrou que a distribuição
da doença é heterogênea, atingindo mais intensamente as regiões habitadas
por grupos em situação de maior vulnerabilidade.