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Desigualdades geográficas e sociais na utilização de serviços de saúde no Brasil
Fecha
2000Registro en:
TRAVASSOS, Claudia Maria de Rezende et al. Social and geographical inequalities in health services utilization in Brazil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 5, n. 1, p. 133-149, 2000.
1413-8123
Autor
Travassos, Claudia Maria de Rezende
Viacava, Francisco
Fernandes, Cristiano
Almeida, Celia Maria de
Institución
Resumen
Resumo O consumo de serviços de saúde é
função das necessidades e do comportamento
dos indivíduos em relação a seus problemas de
saúde, bem como das formas de financiamento
dos serviços e recursos disponíveis para a população.
A Constituição brasileira de 1988 estabelece
o Sistema Único de Saúde (SUS) com
base na institucionalização da universalidade
da cobertura e do atendimento. O sistema foi
implementado em 1990 e pode ser traduzido
como igualdade de oportunidade de acesso aos
serviços de saúde para necessidades iguais. Este
trabalho estuda a eqüidade no uso de serviços
de saúde a partir de duas dimensões: a geográfica
e a social. Os dados utilizados são de pesquisas
realizadas em 1989 e 1996-1997, pelo
IBGE. Para avaliar as desigualdades geográficas
no consumo de serviços de saúde foram calculadas
taxas padronizadas de utilização de
serviços. Comparou-se também a dimensão do
gasto privado domiciliar com medicamentos e
com planos de saúde. Para avaliar as desigualdades sociais, estimou-se a razão de odds para
três grupos de renda e para as pessoas com e
sem cobertura de plano de saúde. Observou-se
pequena redução dos níveis de desigualdades no período analisado (1989-1996/1997), com o
sistema de saúde atual mantendo-se caracterizado por marcadas iniqüidades.