Artículos de revistas
Fatores associados à enterocolite necrosante
Fecha
2003Registro en:
VIEIRA, Maria Teresa Campos; LOPES, José Maria de Andrade. Fatores associados à enterocolite necrosante. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, v. 79, n. 2, p. 159-164, mar./abr. 2003.
0021-7557
10.1590/S0021-75572003000200011
Autor
Vieira, Maria Teresa Campos
Lopes, José Maria de Andrade
Institución
Resumen
OBJETIVO: avaliar as formas de apresentação clínica da enterocolite necrosante neonatal e os fatores associados à doença. MÉTODOS: estudo retrospectivo dos casos de enterocolite necrosante neonatal (ECN) (n = 56) ocorridos na UTI Neonatal Lagoa, entre dezembro de 1986 e julho de 1992. O diagnóstico e estadiamento da doença seguiram o critério de Bell modificado. Foram avaliados o diagnóstico e a evolução de todos os casos. Posteriormente, foram selecionados os casos de enterocolite grau II e III (n =44) e comparados com um grupo controle (n = 44), selecionado pelo peso de nascimento (± 250g) e época de internação (± 2 semanas). Para a análise estatística, foi considerado significante p < 0,05. RESULTADOS: dos 2.447 recém-natos internados na UTI, 56 (2,3%) evoluíram com enterocolite. O peso médio dos pacientes foi de 1.908,5 g; a idade gestacional média, de 35 semanas e um dia; a idade média do diagnóstico foi de 10,7 dias; 51 (91,1%) pacientes foram alimentados anteriormente ao diagnóstico; 18 (32,1%) necessitaram de cirurgia de urgência; em 9 (16,9%) as hemoculturas foram positivas; 10 (17,8%) pacientes faleceram. Observaram-se quatro padrões evolutivos da doença: aguda fulminante, aguda com pneumatose, insidiosa e suspeita. Comparativamente ao grupo controle, três fatores associaram-se significativamente à enterocolite: apnéia (p = 0,045), a progressão rápida da dieta (acima de 20 ml/kg/dia) (p = 0,048), e a presença de agente infeccioso (p = 0,000). CONCLUSÕES: os fatores associados significativamente à enterocolite foram a ocorrência de apnéia, a progressão rápida da dieta e a identificação do agente infeccioso.