Este artigo tem como proposta apresentar uma interpretação possível, porém não consensual, sobre as clivagens políticas que ocorreram nas forças armadas (FFAA) brasileiras nos primeiros anos da Nova República (1985-1989). Defendo que nessa conjuntura de reorganização institucional, oficiais das FFAA se dividiram em relação à qual formato teria o nascente regime democrático, quais leis deveriam ser aprovadas para evitar novas rupturas institucionais e quais grupos, classes ou indivíduos representavam ameaça à consolidação democrática. Por fim, farei uma breve revisão bibliográfica sobre a literatura acadêmica dedicada à participação castrense na política.