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Cinco reflexões sobre o julgamento estético
Autor
Duve, Thierry de
Resumen
Em uma palestra que ministrei na Cause Freudienne de Bruxelas, em 1993, desenvolvi as cinco reflexões seguintes, que ainda retratam meu pensamento:
1. Como se passa do julgamento estético clássico, do tipo “isto é belo”, ao julgamento estético moderno, do tipo “isto é arte”.
2. Como a forma predicativa da frase “isto é arte” parece fazer dela uma constatação conceitual ou um julgamento atributivo análogo a “isto é uma cadeira”.
3. Como, na realidade, tudo o que diz Kant do julgamento estético “isto é belo” continua a se aplicar a “isto é arte”, exceto pelo fato de que o sentimento sobre o qual repousa esse julgamento não se alterna mais necessariamente entre o prazer e o desprazer.
4. Como isso corresponde a uma dissolução radical das convenções artísticas e compromete a própria possibilidade de exercer um julgamento estético comparativo.
5. Como, apesar de tudo, o julgamento estético moderno e contemporâneo compara os incomparáveis.