Este artigo propõe-se a explicar o problema da clausura na perspectiva da cultura política que engendrou as regras monásticas, principalmente no que tange ao monacato feminino de Leão e Castela, no século XIII. Ao mesmo tempo, tentar-se-á explicar a maneira como esses ramos femininos foram institucionalizados, na perspectiva masculina da Ordem, e, sobretudo, sublinhando as dificuldades que a historiografia mais tradicional teve para lidar com essa questão.  As tensões e conflitos registrados nos documentos que envolvem problemas ligados ao cumprimento da clausura, ao reconhecimento jurídico dos mosteiros, ou aos vínculos jurisdicionais, devem ser explicados no contexto político de cada reino e de cada região, sem esquecer as redes políticas e sociais em que estavam envolvidos aqueles atores. Palavras-chave: monacato medieval; clausura; Ordem de Cister; Cister castelhano-leonês.