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Alocação de fígados para transplante em adultos: vantagens e desvantagens do escore MELD
Autor
Brandão, Ajacio
Fleck Júnior, Alfeu de Medeiros
Mariante Neto, Guilherme
Resumen
O processo de alocação de enxertos para transplante hepático é muito complexo em razão, principalmente, da discrepância entre o número de candidatos e o de doadores. O Model for End-Stage Liver Disease (MELD) é um escore de gravidade, desenvolvido nos Estados Unidos, que constitui um robusto preditor de sobrevida de pacientes em lista de espera para transplante hepático. Desde 2006, o Brasil adota o escore MELD para ordenar os receptores em uma fila de espera, com a política de atender antes o mais doente. Sua adoção como critério de alocação reduziu o número de óbitos em lista sem comprometer os resultados do transplante. Há situações que não são bem “atendidas” pelo MELD porque, ou a gravidade da situação clínica independe do grau da hepatopatia, ou o risco de permanecer em lista não é a morte, mas sim a doença avançar além de um ponto em que o transplante não possa ser realizado. Nesses casos, considerados “especiais”, os pacientes recebem pontuação diferenciada no escore, com o intuito de transplantá-los em tempo hábil. Há estudos com o objetivo de aperfeiçoar o MELD, mantendo sempre a objetividade e transparência do escore original.