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A influência da hospitalização no desenvolvimento motor de bebês internados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Autor
Panceri, Carolina
Pereira, Keila Ruttnig Guidoni
Valentini, Nadia Cristina
Sikilero, Regina Helena Alves Salazar
Resumen
Objetivos: Avaliar o desenvolvimento motor de bebês internados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) por mais de 30 dias e compará-lo com bebês que não tiveram internações hospitalares anteriores.Método: Estudo transversal e comparativo no qual participaram 12 bebês (entre 4 e 15 meses de idade) divididos em dois grupos pareados de acordo com a idade corrigida e renda familiar: GH – 6 bebês internados pelo período mínimo de 30 dias na Unidade de Internação Pediátrica do HCPA; e GC – 6 grupo controle, bebês provenientes de escolas de educação infantil. Para avaliação do desenvolvimento motor foi utilizada a Escala Motora Infantil de Alberta (EMIA).Resultados: Os bebês do GH apresentaram desempenho motor inferior aos bebês do GC nos escores de todas as posturas, escore bruto, percentil e categorização. Porém, foi verificada diferença estatisticamente significativa apenas para comparação nos valores do percentil da EMIA. No GH, nenhum bebê apresentou desenvolvimento adequado, sendo que 83,3% apresentaram atraso e 16,7% suspeita de atraso; enquanto o GC, 50% dos bebês apresentaram desenvolvimento adequado, 33,3 suspeita de atraso e 16,7% atraso.Conclusão: Os resultados sugerem que a hospitalização influenciou negativamente o desenvolvimento motor dos bebês internados no HCPA. No entanto, o fator hospitalização não deve ser considerado o único responsável pelo comprometimento motor dos lactentes, considerando que outras variáveis podem estar envolvidas e também são apontadas como fatores de risco ao desenvolvimento.