masterThesis
O conceito de fraternidade em Totalidade e Infinito e suas implicações para os direitos humanos
Registro en:
Autor
ELAND, Christopher James
Institución
Resumen
A presente dissertação tem como objetivo examinar a relação entre o conceito de fraternidade nos primeiros escritos de Emmanuel Levinas, especialmente em Totalidade e Infinito, e suas obras posteriores sobre Direitos Humanos a fim de investigar uma possível fundamentação não liberal para os Direitos Humanos na contemporaneidade. Para tanto, será necessário explicitar como a obra de Levinas sobre a relação ética para com o Outro que fundamenta sua ideia de Direitos Humanos se ancora na relação política para com o terceiro. O conceito de fraternidade, como a não-indiferença universal para com o Outro, implica o conteúdo dessa relação ética que vai além da ética e permeia as categorias tradicionalmente políticas do pensamento filosófico. Assim, através da leitura relacional entre o conceito de Direitos Humanos e o conceito de fraternidade, que toma forma política na figura do terceiro, torna-se claro que a perspectiva de Levinas sobre os direitos como direitos dos outros se opõe a uma leitura liberal do seu trabalho, podendo, portanto, apontar para uma leitura não liberal dos direitos humanos na atualidade. CAPES This dissertation seeks to examine the relationship between Emmanuel Levinas’s early work on fraternity, especially Totality and Infinity, and his later work on Human Rights in order to investigate the possibility of a non-liberal foundation for Human Rights in the contemporary world. In order to achieve this, it is necessary to develop the way in which Levinas’s work on the ethical relation to the Other serves as the foundation of his concept of Human Rights and anchors the political relation to the third party. The concept of fraternity, as a universal non-indifference to the Other, implies the content of the ethical relation which goes beyond ethics and reaches into traditionally political categories of philosophical thought. As such, by reading Levinas’s concept of Human Rights in relation to this early concept of fraternity, which takes its political form through the third party, his account of rights as the rights of the other stands in clear opposition to a liberal understanding of his work and describes a non-liberal account of human rights in the contemporary world.