masterThesis
Consumo alimentar de risco e proteção para as doenças crônicas não transmissíveis e sua associação com a gordura corporal: um estudo em funcionários da área de saúde de uma universidade pública de Recife-PE.
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Autor
AZEVEDO, Edynara Cristiane de Castro
Institución
Resumen
Esse estudo teve como objetivo avaliar o consumo de alimentos de risco e proteção para as doenças crônicas não transmissíveis e sua associação com a gordura corporal em funcionários da área de saúde de uma universidade pública da cidade de Recife. Trata-se de um estudo transversal, envolvendo amostra composta por 267 funcionários com idade acima de 20 anos, de ambos os sexos, avaliados através de questionário que abordou aspectos demográficos, socioeconômicos, dietéticos e de estilo de vida, além da avaliação antropométrica. Para avaliar o consumo alimentar foi utilizado um questionário de frequência alimentar do tipo qualitativo, com mensuração convertida em escores de frequência de consumo dos alimentos considerados de risco e de proteção para as doenças crônicas não transmissíveis. O excesso de gordura corporal e o seu padrão de distribuição foram avaliados pelo índice de massa corporal (IMC) e pela circunferência da cintura (CC), respectivamente. Para identificar o percentual de gordura corporal foi utilizado o método da bioimpedância elétrica (BIA). Quanto aos resultados, aproximadamente 60% da amostra estudada apresentou excesso de peso, dentre os quais, cerca de 20% eram obesos, não sendo encontrado diferencial significante entre os sexos. Quanto à CC, 56,3% dos homens e 81,6% das mulheres foram classificados na faixa de risco elevado (p=0,000). Já quanto ao percentual de gordura, aproximadamente 30% da amostra estudada apresentou percentual de gordura corporal na faixa de risco relacionado a obesidade, não havendo diferença significante entre os sexos. Em relação ao consumo alimentar, foi encontrada uma baixa frequência de consumo de alimentos protetores, não havendo diferencial significante entre os sexos. Das variáveis analisadas, apenas os indivíduos com IMC ≥ 30,0Kg/m2 (obesos) e com percentual de gordura corporal na faixa de risco associada à obesidade (≥ 28 % homens e ≥ 40 % mulheres) apresentaram maiores medianas de escores de consumo de alimentos protetores (p=0,000), quando comparados aos eutróficos e aqueles com sobrepeso. Esses resultados evidenciam a necessidade da implementação de um programa de promoção de alimentação saudável, estimulando a ingestão de alimentos protetores de forma a prevenir o aparecimento de doenças crônicas. Também, apontam para a complexidade envolvida na relação entre consumo alimentar e gordura corporal e a necessidade de novos estudos com outros delineamentos, objetivando melhor entendimento do tema.