doctoralThesis
A avaliação da Medula óssea no estadiamento do câncer de mama
Registro en:
Autor
BARBOSA, Juliana Arôxa Pereira
Institución
Resumen
Neste trabalho avaliamos a frequência da detecção de células tumorais em medula óssea, através da biópsia com exame anatomopatológico e técnica de imuno-histoquímica utilizando CK-19, nas pacientes com diagnóstico de câncer de mama, assim como correlacionar os casos positivos com estudo morfológico da medula óssea, com critérios histopatológicos e perfil imuno-histoquímico dos tumores primários. Biópsias de medula óssea foram obtidas de 32 pacientes do sexo feminino com câncer de mama. As amostras foram processadas dentro da rotina para microscopia de luz, coradas pela técnica do H&E, Tricrômico de Gomory e Reticulina, assim como complementada com técnica de imuno-histoquímica utilizando a Citoqueratina 19 como imunomarcador, além de correlacionada com o perfil imuno-histoquímico e características morfológicas do tumor primário. Dentre os nossos resultados a 3% das 32 pacientes tiveram positividade na medula óssea para CK-19 indicando presença de metástases. Foi observada uma relação direta entre a positividade para CK19 e presença de fibrose na medula, podendo este último corresponder a um critério indireto morfológico indicador de infiltração medular. Nenhuma associação foi encontrada entre a positividade da medula e tamanho do tumor primário, receptor de estrógeno e progesterona, expressão de HER2/neu, p53, Ki67, CD 34, além da idade da paciente, etnia, tipo de procedimento cirúrgico, mama acometida e local do tumor. Em nossa série concluímos 3% de positividade para micrometástases, não havendo associação estatística com os critérios de agressividade tumoral como: tamanho do tumor, grau histológico, grau nuclear, receptores hormonais (RE/RP), expressão do HER2/neu, reafirmando os dados da literatura, enfatizando a necessidade de avaliar a medula óssea das pacientes com câncer de mama como procedimento de rotina. A presença de fibrose na medula teve significância estatística, podendo a mesma ser utilizada como critério indireto de avaliação de infiltração medular, sugerindo que os resultados das biópsias foram legítimos, podendo esta técnica ser utilizada na prática clínica para pesquisas de micrometástases na MO.