masterThesis
Estudo da desesperança e estrutura familiar como fatores de interferência no processo de recuperação do dependente químico
Registro en:
Autor
CALIXTO, Aline Cristina da Silva
Institución
Resumen
Fatores de risco para o uso de drogas como os baixos níveis de apoio familiar e a
desesperança estão associados ao comportamento suicida em alcoolistas. Objetivos:
avaliar a estrutura familiar e desesperança do adicto em recuperação. Métodos: através
de um estudo transversal realizado no Núcleo Especializado de Dependência Química
(NEDEQ) do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HCUFPE)
no período de maio a setembro de 2013, foram entrevistados 27 pacientes,
homens (N=20) e mulheres (N=7) e 27 familiares. Foram utilizados um questionário
sócio demográfico e uma entrevista semiestruturada aplicada a Beck Hopless Scale
(BHS) para a construção do genogramas, além do teste exato de Fisher para verificar a
associação entre as variáveis. Resultados: ficou demonstrada associação significativa
entre desesperança e a faixa etária entre 22-30 anos (25,9%), dependentes de álcool
(33,3%) e pelo menos um internamento (29,6%). Pacientes sem desesperança tiveram
menos tentativas suicidas (25,9%). Em relação aos achados familiares constatou-se
distanciamento afetivo (55%), conflitos (44%), superproteção (38,8%). Sobre os
padrões de consumo de substâncias verificou-se que 33,3% dos desperançados
apresentavam antecedentes de alcoolismo (22,2%), tabagismo e uso de outras
substâncias psicoativas (16,6%). Outros padrões de funcionamento: separação,
migração, abandono, transtorno mental (27,7 %). Conclusão: não houve relação entre
desesperança e menor participação familiar, alguns padrões familiares podem interferir
no tratamento. Os resultados corroboram com estudos que apontam que o sucesso do
tratamento da dependência de substâncias está relacionado com intervenções familiares
adequadas bem como instrumentalização da equipe assistente.