masterThesis
Caquexia em mulheres com Artrite Reumatoide
Registro en:
Autor
CAVALCANTI, Sérgio Vasconcelos
Institución
Resumen
A caquexia reumatoide (CR) é uma importante complicação metabólica da artrite reumatoide
(AR) que ocorre em até dois terços dos indivíduos acometidos pela doença. Caracterizada pela
perda de massa muscular (MM) e pelo aumento compensatorio de gordura corporal, ela está
associada ao comprometimento da força muscular e da capacidade funcional e ao aumento do
risco de desenvolvimento de diabetes mellitus, dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica e
doenças cardiovasculares. A presente dissertação é composta por uma revisão da literatura e por
um artigo original intitulado Caquexia em mulheres com artrite reumatoide e sua associação
com atividade da doença. A revisão da literatura enfatizou alguns conceitos gerais da AR,
aspectos relacionados à composição corporal e seus métodos de determinação, além de aspectos
relacionados à CR – fisiopatologia, epidemiologia, diagnóstico, consequências e tratamento. O
artigo original corresponde a um estudo de corte transversal e base hospitalar no qual foram
incluídas 72 pacientes portadoras de AR (grupo AR) e 61 mulheres sem a doença (grupo
comparação). A frequência de caquexia foi determinada através da excreção urinária de
creatinina. Foram testadas associações entre a presença de caquexia nas portadoras de AR e
alguns parâmetros de atividade e severidade da doença como, por exemplo, o 28-joint Disease
Activity Score (DAS28), a velocidade de sedimentação das hemácias, o Health Assessment
Questionnaire (HAQ), o fator reumatóide e o tempo de doença. Para análise dos dados, foram
utilizadas técnicas de estatística descritiva e inferencial. A frequência de caquexia no grupo AR
foi de 45,8% enquanto que no grupo comparação foi de 29,5%. As pacientes com AR
apresentaram uma redução da MM quando comparadas às mulheres sem a doença (17,74 ± 5,23
kg versus 19,37 ± 4,12 kg, respectivamente; p = 0,046). Não houve associação entre a presença
de CR e os marcadores de atividade e severidade da doença. Em conclusão, a redução da MM de
mulheres com AR encontrada no nosso estudo reforça a importância da avaliação da composição
corporal nesse grupo de pacientes.