doctoralThesis
Nutrição e sistemas serotoninérgico e nitrérgico: estudo morfo-funcional em ratos jovens e adultos
Registro en:
Amâncio dos Santos, Ângela; Carlos Araújo Guedes, Rubem. Nutrição e sistemas serotoninérgico e nitrérgico: estudo morfo-funcional em ratos jovens e adultos. 2006. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2006.
Autor
SANTOS, Ângela Amâncio dos
Institución
Resumen
Estudo Eletrofisiológico: Ratos Wistar foram injetados durante o período de lactação
com fluoxetina, um inibidor seletivo da recaptação de serotonina (5, 10, 20, ou 40
mg/kg/d por via subcutânea) e o fenômeno da depressão alastrante da atividade elétrica
cerebral (DA) foi registrado na superfície cortical desses animais imediatamente após o
desmame (25-30 dias de vida). Em um grupo adicional (10 mg/kg) a DA foi registrada
aos 60-70 dias. Quando comparada às duas condições controle (injeção com solução
salina ou sem injeção - ingênuos ), a fluoxetina reduziu (P<0,05) a velocidade da DA
nos ratos jovens de forma dose-dependente em 4%, 6%, 16% e 15%, respectivamente, e
nos adultos em 13%. Em um outro experimento com ratos adultos, a aplicação tópica
cortical de fluoxetina (5 e 10 mg/ml) sobre a dura-máter intacta, durante 10 min, reduziu
a velocidade da DA de modo diretamente proporcional à concentração aplicada
(reduções máximas de 7,6% e 43,3%; P<0,05). A propagação da DA foi bloqueada em
4 dos 14 ratos tratados topicamente com a concentração mais alta de fluoxetina (10
mg/ml). Este efeito tópico da fluoxetina foi revertido após lavagem, da região tratada,
com solução salina. Em ratos precocemente desnutridos, a fluoxetina aplicada durante o
período de aleitamento (10 mg/kg/d, s.c.) e topicamente (10 mg/ml) também reduziu
(P<0.05) as velocidades da DA em 18 e 22% para o tratamento sistêmico (nos animais
jovens e adultos, respectivamente) e em 22,4% para o tratamento tópico.
Estudo Morfológico: Em ratos Wistar tratados precocemente com fluoxetina (10
mg/kg/d, s.c.) não houve modificações apreciáveis no número, nem na área do corpo
celular de neurônios nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato-diaforase (NADPH-d)
positivos, independentemente do estado nutricional.
Neurogênese Hipocampal: A fluoxetina não alterou o número de células hipocampais
positivas à bromodeoxiuridina (marcador de proliferação celular) em ratos Sprague-
Dawley jovens ou adultos, submetidos ou não a uma condição de estresse.
Conclusões: 1) A presente ação da fluoxetina suporta a hipótese de uma influência
serotoninérgica antagônica sobre a DA; 2) A desnutrição precoce não impede os efeitos
da fluoxetina; 3) A neurogênese hipocampal, bem como as células NADPH-d-positivas
(que são produtoras de óxido nítrico) parecem ser resistentes ao tratamento precoce com
esse inibidor seletivo da recaptação de serotonina