masterThesis
Marcadores sorológicos para os vírus da hepatite B e C em pacientes HIV-positivos atendidos no Hospital Universitário Oswaldo Cruz
Registro en:
Soares Sampaio, Aletheia; Cláudio Arraes de Alencar, Luiz. Marcadores sorológicos para os vírus da hepatite B e C em pacientes HIV-positivos atendidos no Hospital Universitário Oswaldo Cruz. 2005. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2005.
Autor
Soares Sampaio, Aletheia
Institución
Resumen
A ocorrência de co-infecção pelo HIV e hepatites B e C tem sido relatada desde a era-
HAART (do inglês Highly Active Antinetrovial Therapy), quando a mortalidade nas pessoas
infectadas pelo HIV começou diminuir. Como conseqüência do fato de terem as mesmas rotas
de transmissão, a co-infecção do HBV ou HCV em pessoas infectadas pelo HIV tem
aumentado e tornou-se um problema de saúde pública. No Brasil, a prevalência média da coinfecção
HIV e hepatites, encontrada pelo Ministério da Saúde é em torno de 40%, com a
maioria em grupos de usuários de drogas. Freqüências variáveis de co-infecção têm sido
relatadas, dependendo da população e da região estudada. O objetivo principal deste estudo
foi identificar a freqüência de marcadores sorológicos para hepatite B e C em pacientes
infectados pelo HIV, acompanhados em um hospital escola e os possíveis fatores associados à
presença de tais marcadores. Quatrocentos e vinte e nove pacientes foram estudados, de
ambos os sexos e com idade variando entre 18 a 77 anos. Os participantes respondiam um
questionário específico, com características sócio-demográficas e tinham uma amostra de
sangue testada para os marcadores HBsAg, Anti-HBc total e Anti-HCV, utilizando a técnica
MEIA-Axym-Abbott. A freqüência encontrada de marcadores foi 10,3% para o HBsAg,
38,7% para o Anti-HBc total e 10,7% para o Anti-HCV. Dentre os pacientes, 1,4% possuíam
tanto HBsAg quanto Anti-HCV positivos. Não houve associação significante estatisticamente
entre as variáveis parceiro homossexual, uso de drogas endovenosas, ingesta de álcool,
tatuagem ou piercing, cirurgia, procedimentos invasivos e hemotransfusão e a infecção pelo
HBV, expressa pela positividade do HBsAg. A única variável que mostrou associação com
infecção pelo HBV foi uso de drogas inalatórias. Nenhuma destas variáveis, incluindo,
parceiro homossexual, uso de drogas endovenosas, uso de drogas inalatórias, ingesta de
álcool, tatuagem ou piercing, cirurgia, procedimentos invasivos e hemotransfusão tiveram
associação significativa estatisticamente com a presença do Anti-HCV. Este estudo encontrou
freqüências comparáveis com outros relatados no Brasil, mas com freqüências de coinfeccção
menores que aqueles das regiões Sul e Sudeste. Entretanto, nenhuma associação
específica com comportamentos de risco foi encontrada neste estudo, mostrando importante
diferença quando comparado com estudos realizados em outras regiões do Brasil