doctoralThesis
Estratigrafia da seqüência clástica inferior (andares coniaciano-maastrichtiano inferior) da Bacia da Paraíba e suas implicações paleoestratigráficas
Registro en:
Moreno de Souza, Ebenezer; Ferreira de Lima Filho, Mário. Estratigrafia da seqüência clástica inferior (andares coniaciano-maastrichtiano inferior) da Bacia da Paraíba e suas implicações paleoestratigráficas. 2006. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Geociências, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2006.
Autor
Moreno de Souza, Ebenezer
Institución
Resumen
A Bacia da Paraíba está localizada na faixa costeira dos estados de
Pernambuco e da Paraíba, entre o Lineamento Pernambuco, em Recife-PE, e o Alto
de Mamanguape, ao norte de João Pessoa-PB, abrangendo uma área de
aproximadamente de 5.300 km2 em sua porção emersa. É uma bacia de margem
continental passiva e está inserida na porção leste da Província Borborema.
Estruturalmente é rampa assentada discordantemente sobre o embasamento
cristalino, apresentado subdivisão em três sub-bacias: Olinda, Alhandra e Miriri, de
sul para norte, respectivamente. Na sua Seqüência Clástica Inferior foram
reconhecidas duas parasseqüências, a basal, siliciclástica e de ambiente
continental, constituída de conglomerados e arenitos grossos a finos e a outra,
calcissiliciclástica, de ambiente transicional-marinho, constituída de siltitos arenoargilosos
fossilíferos, arenitos calcíferos fossilíferos, e um horizonte fosforítico
interpretado como um hardground, que representa a Superfície de Inundação
Máxima-SIM. A Parasseqüência Siliciclástica foi depositada sobre a rampa interna
num Trato de Mar Baixo através dos sistemas de leques aluviais e rios entrelaçados
e a Parasseqüência Calcissiliciclástica foi depositada sobre a rampa internaintermediária,
através de sistemas lagunares e praial/planície litorânea num Trato de
Sistema Transgressivo. A correlação entre os poços de sondagens identificou um
marco estratigráfico/radioativo no horizonte fosforítico através das perfilagens com
raios gama. A bioestratigrafia mostrou idades entre Coniaciano-Maastrichtiano
Inferior, determinadas por nanofósseis calcários, palinomorfos e foraminíferos. Os
􀄯18O e 􀄯13C marcaram bem a SIM e as elevadas temperaturas no Campaniano
Superior. A evolução da bacia mostra que ela é tardia em relação às congêneres,
devido ter sido o último elo entre os continentes africano e sul-americano