dc.description | Os investimentos em ativos e nas atividades operacionais de uma empresa podem ser
financiados por meio de capitais próprios ou capitais de terceiros, que juntos constituem a
estrutura de capital da organização. Na teoria de finanças são identificadas duas grandes
correntes de pensamento: a teoria tradicional e a teoria de Modigliani & Miller, as quais
divergem por aceitar e rejeitar, respectivamente, a possibilidade de existência de uma
estrutura ótima de capital, em que o custo de capital é minimizado e a riqueza dos acionistas
maximizada. Com base no referencial teórico existente, este trabalho estudou a estrutura de
capital e seus determinantes, considerando uma amostra de 1.771 empresas brasileiras de
pequeno, médio e grande porte, dos setores de indústria, comércio e serviços. Os atributos
testados nesta pesquisa como determinantes da estrutura de capital foram tangibilidade dos
ativos, rentabilidade, tamanho e liquidez. Foi desenvolvido modelo estatístico de regressão
linear múltipla, apresentando graus de explicação e significância compatíveis para a
identificação de elementos determinantes da estrutura de capital das empresas brasileiras. Foi
confirmada a existência de relação positiva entre o endividamento e os atributos tangibilidade
dos ativos e tamanho das empresas, ratificando o previsto pela teoria do Trade-Off, principal
representante da corrente tradicionalista. Também foi corroborada a relação negativa entre
endividamento e os atributos rentabilidade e liquidez, ratificando o esperado pela teoria do
Pecking Order. Os resultados desta pesquisa refutaram a existência de relação positiva entre
endividamento e rentabilidade das empresas, conforme previsto pela teoria do Trade-Off | |