masterThesis
Estudo da decomposição da gipsita para melhoria das condições de fabricação do gesso beta
Registro en:
Amorim da Silva, Inaldo; Artur Sanguinetti Ferreira, Ricardo. Estudo da decomposição da gipsita para melhoria das condições de fabricação do gesso beta. 2003. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003.
Autor
SILVA, Inaldo Amorim da
Institución
Resumen
Os tipos mais comuns de gipsita do Araripe pernambucano foram estudados para se
avaliar os efeitos do tamanho do grão, temperatura e volume, sobre a cinética de calcinação
do dihidrato ou gipsita natural (CaSO4.2H2O). Para este estudo foram utilizadas, como
técnicas de análises, a termogravimetria (ATD-TG) e difração de raios-X para identificação
de fases e quantificação das mesmas (dosagem). Para avaliação dos efeitos da geometria,
experiências complementares foram feitas num reator de leito seco, através da relação D/h do
cadinho deste reator. Os nossos resultados mostraram que a temperatura é a variável de maior
efeito sobre a curva de decomposição da gipsita. As análises termogravimétricas anisotérmica
revelaram dois domínios importantes da decomposição. O primeiro domínio, compreendido
entre 96º e 198oC, aproximadamente, foi associado a decomposição dihidrato→hemidrato
(CaSO4.½H2O). O segundo domínio, iniciado a 198oC, foi associado a decomposição
hemidrato→anidrita (CaSO4). O efeito do tamanho do grão foi estudado através de analisador
termogravimétrico, onde se pôde perceber que há pouca influência desta variável nas reações
de decomposição anisotérmicas e, praticamente nenhuma divergência nas reações isotérmicas,
salvo para baixas temperaturas, onde uma pequena defasagem superior a um minuto entre os
grãos #200 e 40 ABNT. Estudo semelhante foi realizado para avaliarmos os efeitos dos
diferentes tipos de gipsita sobre a decomposição. Os resultados mostraram que a gipsita com
menor teor de impureza tende a se decompor mais rapidamente que as demais. A influência
do volume (relação D/h) do material em calcinação foi analisado num reator de leito seco. Os
resultados mostraram que as reações da gipsita do tipo dihidrato→hemidrato, numa mesma
temperatura, são mais rápidas em volumes menores. A cinética de desidratação foi
estabelecida a partir de um modelo empírico aplicado às transformações de fase no estado
sólido. A partir do diagrama ln[-ln(1-Y)] versus ln[t] foram determinados os parâmetros
cinéticos K e n para as diferentes condições de decomposição estudadas. Os resultados
obtidos nos permitiram concluir que a cinética de decomposição é influenciada pela
temperatura, pelo tipo de gipsita, pela granulometria e pela geometria ou volume de gipsita no
interior do reator de decomposição