masterThesis
Avaliação toxicológica pré-clínica do extrato seco de Cassia occidentalis L. (CASSIA VIRGÍNICA®)
Registro en:
Gonçalves Barbosa da Silva, Mirtes; Sette Lopes Lafayette, Simone. Avaliação toxicológica pré-clínica do extrato seco de Cassia occidentalis L. (CASSIA VIRGÍNICA®). 2009. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009.
Autor
Gonçalves Barbosa da Silva, Mirtes
Institución
Resumen
Cassia occidentalis L. (Leguminosae) popularmente conhecida como fedegoso é geralmente
encontrada em regiões de florestas e em outras áreas tropicais ao redor do mundo. Na
medicina tradicional, raízes, folhas e caules são usados como laxante, antiinflamatório,
analgésico, antipirético, diurético, hepatoprotetor, vermicida e abortivo. Baseado
principalmente no largo uso popular, a Cassia occidentalis é comercializada por alguns
laboratórios farmacêuticos entre eles o Laboratório Pernambucano Ltda. (LAPERLI) com o
nome comercial de CASSIA VIRGÍNICA®. O fitoterápico CASSIA VIRGÍNICA®, preparado
a partir de caules e folhas de Cassia occidentalis (CO), tem sido indicado para o tratamento de
gripes, febres, úlceras varicosas e erisipelas. Apesar do amplo uso desta espécie, poucos são
os trabalhos disponíveis na literatura sobre seu potencial toxicológico. A maioria dos estudos
toxicológicos utilizando Cassia occidentalis, refere-se à toxicidade de suas sementes. Neste
sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a segurança da administração oral do extrato seco
de caules e folhas de Cassia occidentalis (CASSIA VIRGÍNICA®) em ratos Wistar de ambos
os sexos. Para isto, foram realizados testes de toxicidade aguda nas doses de 0.625 a 5.0 g/kg,
de toxicidade subcrônica e de toxicidade reprodutiva nas doses de 0.10, 0.50 e 2.5 g/kg/dia.
Os resultados demonstraram que, nos estudos de toxicidade aguda, CO não produziu morte ou
sinais de toxicidade em doses de até 5.0 g/kg. A administração por 30 dias de CO não alterou
os parâmetros bioquímicos e hematológicos dos animais tratados, que se mantiveram dentro
dos valores de referência para espécie. Entretanto, foi constatada uma discreta diarréia durante
o período de tratamento. Não foram observadas alterações significativas na massa corporal
nem no consumo de água e ração. Também não foram registradas alterações significativas nas
massas, absoluta e relativa, e nem na morfologia macroscópica externa ou microscópica dos
principais órgãos. Nos estudos que avaliaram a capacidade reprodutiva em machos, o
tratamento durante 60 dias com CO não produziu efeitos tóxicos sobre os parâmetros
reprodutivos ou sobre os conceptos. Além disso, não houve alteração significativa nas massas
dos órgãos reprodutivos (epidídimo, vesícula seminal, ducto deferente, testículos, próstata)
nem no número de espermatozóides. Desta forma, conclui-se que extrato seco de caules e
folhas de Cassia occidentalis (CASSIA VIRGÍNICA®) é seguro por via oral, uma vez que
apresentou baixa toxicidade aguda e subcrônica e não interferiu na capacidade reprodutiva
dos ratos Wistar Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior