masterThesis
Obtenção e caracterização do mRNA completo do gene PtSRR1 isolado do fungo ectomicorrízico Pisolithus Tinctorius
Registro en:
Elísio Evangelista Vieira, Helder; Malosso, Elaine. Obtenção e caracterização do mRNA completo do gene PtSRR1 isolado do fungo ectomicorrízico Pisolithus Tinctorius. 2009. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009.
Autor
Elísio Evangelista Vieira, Helder
Institución
Resumen
A simbiose ectomicorrízica resulta da expressão de vários genes cujas seqüências e
funções devem ser conhecidas para uma melhor exploração desta simbiose. Utilizando
microarranjos de cDNA para observar o padrão de transcrição fúngica nos estágios
inicias da colonização, identificou-se o gene PtSRR1, cuja porção 3 foi parcialmente
seqüenciada e caracterizada. Esta EST de função desconhecida é similar a uma
seqüência do fungo Pisolithus microcarpus, obtida aos 21 dias de interação com
Eucalyptus e depositada no GenBank. O peptídeo putativo traduzido (75 Aa)
corresponde a uma molécula de origem fúngica sobrexpressa em baixa disponibilidade
de nitrogênio. Este trabalho teve como objetivos a obtenção da ORF mais provável do
gene PtSRR1, através da técnica RACE 5 e a caracterização in silico da proteína
codificada por este gene. Para tal, discos de meio cobertos de micélio de P. tinctorius
foram repicados em meio MNM líquido e após obtenção da biomassa o RNA total foi
extraído e submetido à RACE 5 . O maior fragmento (~400 pb) foi selecionado,
purificado e clonado. Os produtos de PCR dos clones foram seqüenciados utilizando-se
iniciadores específicos para as regiões que flanqueiam o sítio de clonagem. A seqüência
consenso obtida pela junção da nova seqüência (porção 5 ) com a previamente
conhecida (porção 3 ) gerou um novo fragmento de 636 pb. O peptídeo traduzido da
ORF mais viável (127 Aa) foi analisado através de ferramentas de bioinformática. A
análise estrutural preliminar revelou quatro locais potenciais de alterações póstraducionais:
dois sítios de N-glicosilação e dois sítios de fosforilação, aliados a uma
forte probabilidade de que a proteína PtSRR1 seja transmembranar, composta por uma
alfa-hélice hidrofóbica e uma região predominantemente hidrofílica com seis fitas-beta
intercaladas por loops. Dado que o peptídeo não possui domínios conservados clássicos
de proteínas previamente caracterizadas e que não há estrutura cristalizada similar
depositada em bancos de dados, não foi possível prever a estrutura tridimensional da
PtSRR1. Os resultados apontam para a necessidade de estudos adicionais sobre o gene
da PtSRR1 como um possível controlador/marcador de desenvolvimento fúngico
durante os estágios iniciais da interação ectomicorrízica Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior