masterThesis
Clonagem molecular de uma nova Fosfolipase A2 ácida de Cascavel (Crotalus durissus cascavella) e análise de sua expressão em serpentes submetidas ao estresse térmico
Registro en:
Soriano Lopes de Melo, Eneida; Radis Baptista, Gandhi. Clonagem molecular de uma nova Fosfolipase A2 ácida de Cascavel (Crotalus durissus cascavella) e análise de sua expressão em serpentes submetidas ao estresse térmico. 2008. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2008.
Autor
MELO, Eneida Soriano Lopes de
Institución
Resumen
Cascavéis mantidas em cativeiro sob estresse térmico apresentam redução na
velocidade da digestão, alterações quantitativa e qualitativa da peçonha, o que
sugere a modulação de genes relacionados à aclimatação a baixas temperaturas. O
presente trabalho visou clonar uma fosfolipase e avaliar a expressão de genes
relacionados a estresse em glândulas de peçonha de cascavéis da espécie Crotalus
durissus cascavella (Cdcasca) submetidas a estresse térmico. Para tanto, a
clonagem do cDNA de uma nova PLA2 foi realizada a partir da biblioteca de cDNA
da glândula de peçonha de Cdcasca. A seqüência de aminoácidos deduzida dessa
PLA2 indica que essa se enquadra no grupo das PLA2s ácidas, da classe II, cujos
membros apresentam atividade enzimática. A fim de verificar o padrão de expressão
após estresse térmico, os cDNA de glândulas de três cascavéis, provenientes da
mesma ninhada, submetidas a extração da peçonha e, posteriormente, a
temperaturas de 18°C (frio), 28 °C (controle) e 40° C (calor), por três dias, foram
preparados e os transcritos de PLA2 e de proteínas de choque térmico (HSP70,
HSP90, e HSF1) quantificados por PCR em tempo real. Os resultados mostraram
que os níveis de transcritos de PLA2 foram 5,24 vezes mais altos nas glândulas de
peçonha da serpente mantida no frio em relação ao controle, enquanto os transcritos
de PLA2 das glândulas da serpente mantida no calor não apresentaram diferenças
significativas. Os níveis de transcritos das HSPs e seu fator de transcrição (HSF1)
não variaram de maneira apreciável na amostras. Os resultados provaram, pela
primeira vez, influência da baixa temperatura na expressão de uma toxina na
glândula de peçonha de C. d. cascavella, sugerindo que essas serpentes podem
adaptar a composição da peçonha à condição de estresse térmico