Tesis
A educação cindida e a formação do sujeito : para alem de uma pedagogia do "bem" e do "mal"
Registro en:
(Broch.)
Autor
Rodrigues, Rogerio
Institución
Resumen
Orientador: Elisa Angotti Kossovitch Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Resumo: Ao escrevermos esta Tese em Educação, não temos como pressuposto afirmar uma "nova verdade educativa", pois já existem tantas; e sim, abandonar por completo o anseio pela "verdade" e em seu lugar permitir que transpareça o "vir a ser pedagógico". Aqueles que sabem da "verdade pedagógica" fazem da educação uma prática antecipada, ou seja, a priori, sabem como as coisas devem acontecer "corretamente" e insistem que a pedagogia deva ser o método mais "adequado" para o sucesso do "processo de ensinoaprendizagem". Na pesquisa, buscamos pensar a atividade educativa apenas como um encontro de sujeitos desprovidos de qualquer formulação teórica com um "objetivo" ou "ordenação" e inseridos numa relação em que se perca todo o "controle dos resultados" para que se corram os "riscos" da vida. Assim sendo, estamos nos referindo diretamente a uma "teoria da educação" que esteja para além da pedagogia do "bem" e do "mal". Entretanto, a "insistência pedagógica" em manter os sujeitos posicionados entre as coisas do "bem" e do "mal" tem contribuído para a formação dos agrupamentos - grupos e massas -lugares onde se cultiva a intolerância e o ódio para com a diferença do outro. Podemos afirmar que a contribuição da nossa pesquisa é a de poder instigar os educadores a pensarem numa pedagogia que permita ampliar a tolerância para com a diferença a ponto de deixar transparecer o "vir a ser" - o espanto. Para tanto, teremos que negar o desejo do outro de querer fixar o nosso sujeito "em ser", contrariando todo o "amor" que ele nos dá e "tristemente" frustrá-lo ao mostrar que podemos fazer as coisas de um outro modo. Podemos concluir que uma relação educativa "humana, demasiadamente humana" deveria deixar de lado as "certezas pedagógicas" e desde já assumir os "riscos" na formação do sujeito e aprender que há momentos em que se "caminha", outros em que se "pára" e outros em que se "retrocede". São esses "ziguezagues" que tomam as "práticas", por "excelência", a relação entre sujeitos; e não entre coisas Abstract: When writing this dissertation in education we don't intend to affinn a "new educative truth" , as so many already exist; instead, our intention is to "abandon" completely this yeaming for the "truth" and in its place to allow a "pedagogical - to be" to appear. The people who know the "pedagogical truth" make education as an anticipated "practice", i. e., they know a priori how things must happen "correctly" and they insist that pedagogy must be the best way for the success of the "teaching-Ieaming process". In this research, we intend to think the educative activity on1y as a gathering of people lacking any type of "theoretical formulation" that would have an "objective" or "ordering", and immersed on a relationship where all "control ofthe results" is los!" and this people could take the "risks" of life. Thus, we refer directly to an "education theory" that would be beyond the "good" and the "evil" pedagogy. However, the "pedagogica1 insistence" in keeping people in a situation between "good" and "evil" things has contributed for the formation of groupings - groups and masses - where intolerance and hate of people (who appear as different to them) is cultivated. The contribution of this research work is to instigate teachers to think on a pedagogy that would extend tolerance with the difference, to the point of being able to highlight the "come to be" - the astonishment. Thus, we will have to deny the desire of the other person who wants to fix us for "to be", opposing all "love" he gives us, and "sadly" frustrating him when showing that we can make things in a different way. We can conclude that an educative "humane, excessively humane" relation should be able to set aside the "pedagogica1 certainties" and actually, assume the "risks" in the formation of the person and learn that there are moments where we "walk", other moments where we "stop" and others where "we go back". These are the "zigzags" that tum those "educational practices", for "excelIence", into the relationship between people, and not between things Doutorado Doutor em Educação