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O Método Lógico-histórico Nas Análises Epistemológicas: A Experiência Brasileira No Campo Da Educação Física
Registro en:
Filosofia e Educação. v6 - n2 - p. 3-15 .Análise da produção do conhecimento (2014)
8635370
Autor
Silvio Sánchez Gamboa
Márcia Chaves Gamboa
Institución
Resumen
Diversas pesquisas sobre a produção do conhecimento em Educação Física no Brasil nos últimos dez anos, registram dificuldades na superação dos conflitos próprios da construção de seu campo científico. A rivalidade entre as ciências naturais (Física, Anatomia, Biomecânica, Fisiologia, Física) e Humanidades e Ciências Sociais (Pedagogia, Sociologia, Psicologia, História, Filosofia), as disputas entre os métodos quantitativos e qualitativos, a busca pela objetividade na pesquisa analítica e explicitação da subjetividade nas pesquisas interpretativas desafiar os cientistas que analisam essa produção. Estudos sobre a produção de professores portadores de títulos de mestrado e doutorado que atuam na região nordeste do Brasil, mostram que estes conflitos podem também ser elucidados e compreendidos, interpretando a produção científica desde o ponto de vista da epistemologia da práxis e do método lógico histórico. De acordo com a epistemologia da práxis, a pesquisa e o desenvolvimento do campo científico devem se originar na prática e no campo profissional e intelectual e devem dar respostas às necessidades e problemas da prática. O método lógico-histórico é uma ferramenta de análise epistemológica da produção científica que ajuda, em primeiro lugar, a recuperar suas características, sua lógica interna, o modelo paradigmático ou epistemologia dominante nas teses, ou relatórios de pesquisa. Em segundo lugar, ajuda a recuperar as condições materiais, institucionais e políticas que determinam a produção e revelam sua inserção em perspectivas, tendências, concepções científicas privilegiadas e a influência de políticas científicas, interesses e ideologias sociais dominantes. Os resultados indicam que a formação do campo científico da Educação Física ainda está na fase da guerra da ciência". Confirma-se assim, que a produção científica não é neutra e que obedece a interesses dominantes nas regiões, instituições, grupos de pesquisa e estruturas sociais." 6 2 3-15 Epistemologia