Tesis
Sintomas do Trato Urinário Inferior em escolares de uma região administrativa do Distrito Federal : estudo de prevalência e fatores associados
Fecha
2015-04-02Registro en:
SALVIANO, Cristiane Feitosa. Sintomas do Trato Urinário Inferior em escolares de uma região administrativa do Distrito Federal: estudo de prevalência e fatores associados. 2014. xiv, 84 f., il. Dissertação (Mestrado em Enfermagem)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.
repositorio.unb.br/handle/10482/17860
Autor
Salviano, Cristiane Feitosa
Institución
Resumen
INTRODUÇÃO: As crianças em idade escolar sào consideradas um grupo vulnerável para a manifestação de Sintomas do Trato Urinário Inferior (STUI). especialmente devido ao pico de prevalência desses sintomas ocorrer por volta dos 7 anos. Considerando-se a possibilidade de complicações como infecções do trato urinário, refluxo vesicoureteral e lesões renais, a adoção de estratégias de prevenção de STUI na infância é mandatòria. Desse modo. o ambiente escolar tem se mostrado como um espaço privilegiado para a detecção precoce e prevenção de STUI. além de promoção de hábitos de miccionais saudáveis. OBJETIVO: Determinar a prevalência e os fatores associados aos STUI em crianças em idade escolar, especificamente dentro da faixa etária de 6 a 12 anos. METODO: Tratou-se de um estudo transversal de base populacional, realizado em 8 escolas (públicas e particulares, de zona urbana e rural) da região administrativa do Riacho Fundo (DF). A amostra foi composta por 86 crianças selecionadas de fonna aleatória e estratificada. Para a coleta de dados foram utilizados os seguintes instrumentos: o Dysfimctional Voiding Scor/ng System (DVSS) e dois questionários sobre STUI e fatores associados, sendo um questionário parental e outro direcionado á criança. RESULTADOS: Das 86 crianças entrevistadas, 42% (n=36) eram meninos e 58% (n=50) meninas, com idade média de 8 anos. A prevalência geral de STUI foi de 26% e 23%, calculada sob a perspectiva da criança e dos responsáveis, respectivamente. A variável sexo foi estatisticamente significativa, sendo que as meninas apresentaram quase 34 vezes mais chance de relatar STUI do que os meninos (p-valor = 0.001). A concordância do escore total obtido pelo DVSS dos responsáveis e das crianças foi classificada como boa pelo coeficiente intraclasse (CCI= 0.66). Quanto aos fatores associados, a enurese noturna e a presença de fezes do tipo 4 da escala Bristol foram as variáveis estatisticamente significativas para a manifestação de STUI na infancia. Quanto ao dominio escolar. 73% (n=63) das crianças afinnaram ir ao toalete da escola diariamente e 66% (n=57) afirmaram ter permissão para utilizá-lo a qualquer momento. CONCLUSÃO: Os STUI tem uma prevalência significativa na população de crianças escolares, apontando para a importância de identificação precoce. Crianças do sexo feminino, que reportaram enurese noturna e aspecto fecal mais constipado estão em maior risco de apresentar STUI. A escola pode vista como um microssistema relevante para identificação precoce de STUI e para a promoção de hábitos miccionais saudáveis.