masterThesis
É PRECISO TER RAÇA: As formas de organizações Informais no cotidiano das Mulheres negras da favela Bola de Ouro Território de maioria negra
Registro en:
José Raimundo, Valdenice; Régia Fernandes Gehlen, Vitória. É PRECISO TER RAÇA: As formas de organizações Informais no cotidiano das Mulheres negras da favela Bola de Ouro Território de maioria negra. 2003. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003.
Autor
José Raimundo, Valdenice
Institución
Resumen
A presente investigação analisa as mudanças sociais ocorridas através
da organização informal no cotidiano das mulheres negras da favela Bola de
Ouro, percebendo a favela enquanto um território de maioria negra. A favela
Bola de Ouro situa-se no Curado IV - Jaboatão dos Guararapes -
Pernambuco.
O estudo foi realizado com mulheres que se identificaram como negras,
uma vez que, na sociedade brasileira o mito da democracia racial compromete
a identidade e a unidade da população negra. A pesquisa traçou uma relação
entre o passado histórico do negro em geral, e em particular, das mulheres
negras com a atualidade. Para isto se utilizou o levantamento bibliográfico. Os
dados empíricos foram obtidos por meio da observação participante e da
entrevista semi-estruturada, e analisados através do método qualitativo. O
estudo considerou ainda as questões de gênero, raça e classe.
A pesquisa evidencia que ocorreram mudanças no cotidiano das
mulheres negras a partir de suas organizações informais que se manifestam
como alternativa de resistência às situações advindas da pobreza e das
desigualdades presentes na condição de mulher e negra na sociedade
brasileira.
Procura-se contribuir para o Serviço Social e a sociedade de maneira
geral, dando visibilidade à experiência de mulheres negras faveladas que até
mesmo diante da falta de acesso a direitos elementares, criam e recriam o
seu lugar e a sua história com imaginação, solidariedade, desejos e sonhos
para a vida de sua família.
Da resistência ao comodismo-resistente, entre a força e a fraqueza,
essas mulheres negras, influenciadas pelo discurso de igualdade de direitos
presentes nos movimentos feminista e negro, e a partir da organização
informal, vão elaborando na sua vivência cotidiana uma releitura da sua
realidade social, buscando meios para transformá-la Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
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