Assessment of quality of life and common mental disorders in the population of rural areas

dc.creatorPaz de Lima, Paulo Junior, 1970-
dc.date2014
dc.date2017-04-02T12:51:20Z
dc.date2017-07-20T12:58:31Z
dc.date2017-04-02T12:51:20Z
dc.date2017-07-20T12:58:31Z
dc.date.accessioned2018-03-29T05:09:59Z
dc.date.available2018-03-29T05:09:59Z
dc.identifierPAZ DE LIMA, Paulo Junior. Avaliação da qualidade de vida e transtornos mentais comuns de residentes em áreas rurais. 2014. 241 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000944566>. Acesso em: 2 abr. 2017.
dc.identifierhttp://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/312696
dc.identifier.urihttp://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/1355955
dc.descriptionOrientador: Helenice Bosco de Oliveira
dc.descriptionTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas
dc.descriptionResumo: A precariedade do acesso à educação, dos serviços de saúde e de segurança no trabalho, de moradias, do saneamento básico e abastecimento de água potável, no contexto rural brasileiro, instiga a reflexão sobre os impactos de tais condições na saúde física e mental e na qualidade de vida (QV), além dos efeitos destas condições em relação à prevalência de transtornos mentais comuns (TMC), em comunidade rural no Brasil. A discussão sobre qualidade de vida e TMC não são recentes. No entanto, o contexto rural tem ficado fora do debate, principalmente, no contexto nacional, na área da saúde pública. A discussão sobre a concepção de QV e TMC no contexto do rural é importante. Estes temas têm assumido um aspecto secundário, dada a urgência cotidiana pela garantia da própria sobrevivência, da empregabilidade ainda que em condições precárias e de outras demandas mais urgentes no campo. OBJETIVOS: O presente estudo tem como objetivo principal avaliar a qualidade de vida e transtornos mentais comuns, bem como avaliar a qualidade de vida relacionada a aspectos do estado de saúde de residentes em áreas rurais, em Atibaia/SP. Também se propõe a identificar alteração dos domínios da QV entre os residentes da área de estudo; avaliar os domínios da qualidade de vida em relação à função desempenhada no campo; identificar diferenças nos domínios da QV em relação ao sexo; identificar a relação entre sobrecarga (quantidade de horas) de trabalho semanal e alteração dos domínios da QV e identificar a prevalência de alcoolismo e de tabagismo entre a população rural. MÉTODOS: Trata-se de um estudo, de caráter transversal, entre abril e dezembro/2011, com residentes em áreas rurais, em Atibaia/SP, com idade acima de 18 anos. A amostra foi composta por 355 participantes. Foram aplicados um questionário sóciodemográfico, os instrumentos WHOQOL-Bref (Word Health Organization Quality of Life Instrument Bref), SF-36 (Medical Outcomes Study 36 ¿ Item Short-Form Health Survey), SRQ-20 (Self Reporting Questionnaire) e CAGE (Screening test for alcohol dependence). Foram realizadas análises descritivas e regressão linear múltipla para os instrumentos WHOQOL-Bref e SF-36 e regressão logística múltipla para o SRQ-20 e as variáveis sociodemográficas. O ponto de corte adotado como sugestivo de TMC, avaliado pelo SRQ-20, foi pontuação maior ou igual a sete respostas positivas. Foram utilizados o programa SAS, versão 9.2 e o SPSS, versão 17.0 para análise dos dados. O nível de significância adotado para os testes estatísticos foi de 5% (p<0,05), com intervalo de confiança (IC) de 95%. Foram considerados variáveis dependentes os domínios do WHOQOL-Bref (físico, psicológico, relação social e meio ambiente) e do SF-36 (capacidade funcional, aspectos físicos, aspectos sociais, aspectos emocionais, saúde mental, dor, estado geral de saúde, vitalidade) e as categorias do SRQ-20 (diminuição da energia, sintomas somáticos, humor depressivo/ansioso, pensamentos depressivos). Foram consideradas independentes as variáveis demográficas (sexo, idade, cor/etnia, estado civil), socioeconômicas (renda, escolaridade, ocupação, trabalhador rural, trabalho prévio ou anterior na agricultura, carga horária de trabalho semanal, tipo de moradia e de posse da propriedade), uso de agrotóxico no processo de trabalho, contato com agrotóxico, intoxicação por agrotóxico, ingestão de bebida alcoólica, tabagismo, problema de saúde e uso de medicamento. Foi utilizado o modelo stepwise forward como critério para a seleção das variáveis. Foi realizado ajuste das variáveis: idade, sexo, estado civil, escolaridade e renda. RESULTADOS: A idade média dos participantes foi 38,3 anos, a maioria do sexo feminino (64,5%), de cor/etnia branca (57,5%) e casados/amasiados (70,5%). A escolaridade média observada foi de 5,8 anos de estudos (DP = 3,6); 55,8% não concluiu o ensino fundamental e 7,9% eram analfabetos. Entre os participantes do estudo, 33,5% estavam desempregados e 66,5% mencionaram empregos com ou sem registros; 30,4% eram trabalhadores rurais e 72,2% mencionaram ter já trabalhado na agricultura. Ainda, 87,2% tinham renda mensal de até dois salários mínimos, sendo a média salarial de R$ 619,20 (DP=483,5). O uso de agrotóxicos no processo de trabalho foi relatado por 13,5% dos participantes e 12,4% referiram ter sofrido intoxicação por agrotóxicos. A prevalência de transtorno mental comum (TMC) entre os residentes foi de 23,4%, tabagismo de 20,3% e alcoolismo de 19,1%. Entre os participantes, 40,0% referiram ter algum problema de saúde e 40,3% revelaram fazer uso de medicamentos. Na análise de regressão linear múltipla, os resultados apontaram associação estatística entre os domínios de qualidade de vida (WHOQOL-Bref e SF-36) e as variáveis idade, sexo, estado civil, escolaridade, cor/etnia, renda, carga horária de trabalho, trabalho rural, trabalho prévio ou anterior na agricultura, tipo de posse de propriedade, alcoolismo, tabagismo, problemas de saúde e fazer uso de medicamento. Na análise de regressão logística, os resultados evidenciaram associação negativa das variáveis sexo (RC=3,1), problemas de saúde (RC=4,6) e autorreferência a intoxicação por agrotóxico (RC=2,5), cor/etnia (RC=4,4) e autorreferência a intoxicação por agrotóxico (RC=5,5), entre os homens, com o aumento de chances de desenvolver TMC. CONCLUSÃO: Os resultados do presente estudo apresentam dados sobre a qualidade de vida, a qualidade de vida relacionada a aspectos do estado de saúde física e mental de residentes em comunidades de áreas rurais, em contexto rural brasileiro. Os achados apontaram as contribuições de variáveis socioeconômicas e demográficas (sexo, idade, cor/etnia, estado civil, escolaridade, renda, trabalho rural, carga horária de trabalho semanal, tipo de moradia e de posse da propriedade), tabagismo, alcoolismo, intoxicação por agrotóxicos, problemas de saúde e uso de medicação para melhores desempenhos da qualidade de vida, da qualidade de vida relacionadas aos aspectos do estado de saúde, bem como para TMC da população rural. Tais resultados, embora limitados e relativos a uma localidade específica, podem ser importantes para nortear novos estudos em áreas rurais. PALAVRAS-CHAVE: Qualidade de vida, qualidade de vida relacionada à saúde, aspectos de saúde, comunidade rural, transtornos mentais comuns, saúde mental, WHOQOL-Bref, SF-36, SRQ-20
dc.descriptionAbstract: The lack of access to education, health and work safety services, housing, sanitation and drinkable water supply, in Brazilian rural context, instigates reflection on the impact said conditions have on physical and mental health and in the quality of life (QOL), and on the effects they have on the prevalence of common mental disorders (CMD), in rural communities in Brazil. The discussion on quality of life and CMD is not recent. However, the rural context has stayed out of the debate, especially in a national context, in public health. The discussion about the definition of QOL, and CMD in rural context is important. These themes have been taking on a secondary role, given the daily urgency in guaranteeing one's survival, the possibility of work, even if in precarious conditions, and other more urgent demands in the field. OBJECTIVES: This study has as its main objective evaluating quality of life, and common mental disorders, as well as evaluating quality of life issues related to the health status of the population of rural areas in Atibaia, São Paulo. It also aims to identify alteration domains of quality of life among residents of the study area; assess quality of life domains in relation to the function performed in the field; identify differences quality of life domains in relation to sex; identify the relationship between overload (number of hours) worked per week and alteration of quality of life domains and identify the prevalence of alcohol, and tobacco among the rural population. METHODOLOGY: This is a cross-sectional study, taking place from April to December, 2011, with the rural area population of Atibaia, in São Paulo, with aged above 18 years. The sample had 355 subjects. Were applied social-demographic questionnaires, the WHOQOL-Bref (World Health Organization Quality of Life Instrument Bref), SF-36 (Medical Outcomes Study 36 ¿ Item Short-Form Health Survey), SRQ-20 (Self Reporting Questionnaire), and CAGE (Screening test for alcohol dependence) instruments were used. Descriptive analysis and multiple linear regression were used for WHOQOL-Bref and SF-36, and multiple logistic regression was used for SRQ-20 and social-demographic variables. Cutoff criteria suggestive of CMD, as evaluated by SRQ-20, was a score of seven or higher positive answers. As for software, SAS 9.2 and SPSS 17.0 were used for data analysis. Adopted significance level for statistical tests was 5% (p<0.05), with a confidence interval of 95%. Domains from WHOQOL-Bref (physical, psychological, social and environment) and from SF-36 (vitality, physical functioning, bodily pain, general health perceptions, physical role functioning, emotional role functioning, social role functioning, mental health) and SRQ-20 categories (decreased energy, somatic symptoms, depressive mood, depressive thoughts) were considered dependent variables. Demographic variables (sex, age, race/ethnicity, marital status), socioeconomic variables (income, education, occupation, rural worker, previous or previous work in agriculture, hours worked per week, housing and ownership of property), working with pesticides, having had contact with pesticides, pesticide poisoning while working, alcohol ingestion, smoking, health problems and regular use of medication were considered independent variables. Stepwise forward model was used as variable selection criteria. The following variables were adjusted: age, sex, marital status, education and income. RESULTS: Subjects had an average age of 38.3, were mostly female (64.5%), white (57.5%) and married (70.5%). The observed average time spent on education was 5.8 years (SD=3.6), 55.8% did not finish elementary school and 7.9% were illiterate. Among study participants, 33.5% were unemployed, and 66.5% reported being employed, some registered and some not; 30.4% were rural workers, and 72.2% reported having worked in agriculture. Still, 87.2% had a monthly income of up to two times minimum salaries, with an average income of R$ 619.20 (SD=483.5). The use of pesticides in the work process was reported by 13.5% and 12.4% self-report pesticide poisoning. 23.4% of the population presented with common mental disorders (CMD), 20.3% were smokers and 19.1% presented with alcoholism. Amongst the subjects, 40.0% reported having some health problems and 40.3% reported using medication. In multiple regression analysis, results reveal statistically significant association between quality of life domains (WHOQOL-Bref and SF-36) and variables age, sex, marital status, education, color/ethnicity, income, workload, rural worker, having worked in agriculture, property ownership, alcoholism, smoking, health problems and use of medication. Logistic regression analysis' results showed a negative association between sex (RC=3.1), health problems (RC=4.6) and self-reference to pesticide poisoning (RC=2.5), color/ethnicity (RC=4.4) and self-reference to pesticide poisoning (RC=5.5), among men, with increased chances of developing CMD. CONCLUSION: The results of this study provide data about quality of life, quality of life related to aspects of the physical and mental health of residents in rural areas, in the Brazilian rural context. Findings indicated the contributions of socioeconomic and demographic variables (sex, age, race/ethnicity, marital status, education, income, rural employment, hours worked per week, type of housing and property ownership), smoking, alcohol use, intoxication by pesticides, health problems and use of medication for best performances in quality of life, quality of life related to aspects of health, as well as to development of CMD's in rural area communities. Said results, although limited and restricted to a specific location, may be important to guide further studies in rural areas. KEYWORDS: Quality of life, quality of life related to health, aspects of health, rural community, common mental disorders, mental health, WHOQOL-Bref, SF-36, SRQ-20
dc.descriptionDoutorado
dc.descriptionEpidemiologia
dc.descriptionDoutor em Saude Coletiva
dc.format241 p.
dc.formatapplication/pdf
dc.publisher[s.n.]
dc.subjectQualidade de vida
dc.subjectTranstornos mentais
dc.subjectPopulação rural
dc.subjectSaúde da população rural
dc.subjectQuality of life
dc.subjectMental disorders
dc.subjectRural population
dc.subjectRural health
dc.titleAvaliação da qualidade de vida e transtornos mentais comuns de residentes em áreas rurais
dc.titleAssessment of quality of life and common mental disorders in the population of rural areas
dc.typeTesis


Este ítem pertenece a la siguiente institución