Tesis
Fatores associados à insegurança alimentar nos domicílios da Região Nordeste do Brasil, 2004
Registro en:
SOUZA, Luiza de Marilac de. Fatores associados à insegurança alimentar nos domicílios da Região Nordeste do Brasil, 2004. 2009. 102 f. Tese (Doutorado em Demografia) - Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional, Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2009.
Autor
Souza, Luiza de Marilac de
Institución
Resumen
Insegurança alimentar pode ser definida como a limitação ou a incerteza de se ter
acesso a alimentos adequados, em qualidade e quantidade suficientes, sem que essa restrição possa, necessariamente, afetar as condições biológicas dos indivíduos. Neste trabalho, o objetivo central é investigar quais os principais fatores associados à insegurança alimentar e à insegurança alimentar com fome, tendo como universo de análise a Região Nordeste. Os dados utilizados foram provenientes da PNAD 2004, representativos de uma população composta de 12.531.052 domicílios. Utilizou-se a regressão logística de resposta binária para avaliar os fatores associados à insegurança alimentar e à insegurança alimentar com fome. Todas as análises foram estratificadas por situação censitária (rural/urbano).
Observou-se, conforme esperado, que a renda domiciliar esteve fortemente associada à insegurança alimentar e à insegurança alimentar com fome nos domicílios da Região Nordeste, independentemente da situação censitária. Quanto menor a renda, maior a chance de insegurança alimentar e de
insegurança alimentar com fome. Para os domicílios urbanos a gama de fatores
associados à insegurança alimentar e à insegurança alimentar com fome são em
maior número, abrangendo tanto as características do domicílio, como as da
pessoa de referência. Já no rural, predominam os fatores diretamente associados
ao acesso, preparo e conservação dos alimentos (esta última variável – descrita
pela presença de geladeira – apenas para a insegurança alimentar). Um resultado
que merece ser ressaltado é a contribuição positiva da presença de crianças e
adolescentes para que o domicílio não esteja em insegurança alimentar com fome, o que pode estar associado a um maior direcionamento dos recursos disponíveis para garantir as necessidades alimentares dos membros do domicílio.